Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 281: Ameaça de Yasmin e Malu repercute entre os jovens

 

   — Sério, isso foi patético! — reclama Isabela caminhando em seus chinelos pelo corredor.
   — Foi hilário — discorda Victor, que ainda tem acessos de risos. — Sabia que eu deixei a mão um tempo no congelador para que ela ficasse bem gelada, pra você ficar com mais medo?
A garota revira os olhos.
   — Isso é tão idiota! De verdade, eu não gosto disso.
   — Relaxa, grande anã — pede o jovem, puxando ela para um abraço. A cabeça de Isabela fica na altura do peito desnudo dele.
   — Sai! — ela pede quando eles chegam à sala, onde Felipe está sentado sozinho em um dos sofás. Ele ri bastante, olhando a tela do próprio celular.
   — Felipe — choraminga Isabela caminhando até o namorado. — O Victor me deu um susto horrível! — conta ao sentar no colo do moreno.
A resposta dele a surpreende.
   — Eu sei, a gente combinou. Eu gravei — revela virando o celular para ela.
Isabela vê a si mesma minutos antes e pula do colo dele.
   — Não acredito nisso, Felipe! — exclama revoltada e Victor ri. — Até você?
   — É uma brincadeira, amor. — Ele coloca o celular na mesinha do lado e puxa a garota novamente para si. — Você fica tão bonitinha assustada.
Victor ri mais uma vez e seus ouvidos captam uma voz bem familiar ali perto.
   — Acho que a Yasmin está ali no corredor. Vamos lá mostrar o vídeo para ela!
   — Vamos — concorda Felipe levantando com Isabela nos braços. Ele alcança o celular e caminha com Victor até o corredor.
   — Patético — repete Isabela com a cabeça apoiada no ombro do namorado, que sorri. 
Os três ficam espantados com a cena que se deparam. Jaqueline está com as costas encostadas na parede e Yasmin e Malu rodeiam a jovem com expressões de poucos amigos.
   — Está acontecendo alguma coisa aqui? — questiona Victor. Isabela dá um tapinha no peito de Felipe, que a coloca imediatamente no chão.
   — Nada demais — responde Yasmin com naturalidade. — Nós estamos tendo apenas uma conversa. — Seus olhos faíscam perigosamente na direção de Jaqueline.
   — Uma conversa nem um pouco agradável — acrescenta a outra loira.
   — Como qualquer coisa que envolva você — Malu rebate.
Victor, Felipe e Isabela aproximam-se mais delas enquanto Jaqueline responde:
   — Eu não fui atrás de vocês para conversar, foram vocês que me encurralaram aqui.
   — Vocês fizeram isso? — indaga Isabela em tom de censura para as amigas.
   — A gente quis apenas dar uma palavrinha com ela. — Yasmin cruza os braços.
   — E a gente pode imaginar que tipo de palavrinha é essa — Felipe comenta.
   — Eu não tenho medo de vocês, ok? — Jaqueline fita intensamente Malu e Yasmin. — Podem me ameaçar o quanto quiserem, vocês não vão conseguir me assustar.
   — Vocês estão ameaçando ela? — Isabela fica chocada.
   — Foi o que ela entendeu — Yasmin dá de ombros e Jaqueline fica revoltada.
   — Você fala de mim, mas é tão baixa quanto julga que eu sou! 
   — Ui, ficou p*tinha agora?
   — Fiquei e muito, sua v*diazinha metida!
   — Olha como fala comigo, sua horrorosa! — Yasmin tenta partir para cima dela, mas Felipe é mais rápido e segura em seus braços.
   — Você é o pior tipo de pessoa, Yasmin — continua Jaqueline. — Se faz de santinha, mas não passa de uma patricinha nojenta que se acha poderosa. Mas você não é nem um pouco poderosa, sabia? — Ela grita. — As pessoas fingem gostar de você, mas por trás falam mal de você!
Yasmin começa a rir, o que a deixa ainda mais raivosa. Ela tenta alcançar a irmã de Felipe, mas Victor a impede quando passa os braços por sua cintura com força.
   — Gente, vamos parar com isso! — pede Isabela em uma tentativa de acalmar os ânimos. — Nós viemos aqui para curtir as férias, não ficar brigando uns com os outros.
Felipe concorda com a cabeça e olha de relance para Malu, que está apoiada na parede rindo.
   — Chega, né? — diz Victor olhando para as duas.
   — Eu estou totalmente de boa — responde sua namorada ainda sorrindo com superioridade para Jaqueline, que não parece estar mais calma.
   — Quero te matar, Yasmin! — esbraveja. 
   — Tira ela daqui, Victor — sugere Felipe e o loiro arrasta Jaqueline até a porta mais próxima e entra com ela lá.
   O cômodo é o quarto onde a loirinha tem dormido com Isabela e Marina. Victor solta ela e a observa caminhar pelo espaço.
   — Essas duas são muito idiotas! Ai, que raiva! — Ela chuta a parede. — As vezes eu fico pensando se deveria mesmo ter vindo junto com essas cobras. Mas eu não quero decepcionar o Brian e ele me pediu com tanto carinho que eu viesse, mas... Que merda!
   — Sair no tapa com os outros não vai mudar a situação — comenta Victor encostado na porta com as mãos nos bolsos da bermuda. A loira olha para ele com indignação, nem repara no abdômen dele exposto. 
   — Eu não fiz nada para elas! Absolutamente nada! Desde que a gente chegou eu tenho ficado só com o Brian que é para não cair na provocação de ninguém. Eu não sou trouxa, Victor, sei que elas não gostam de mim e é recíproco, mas eu não estou atrás de confusão com ninguém aqui. Agora não venha mexer comigo e achar que eu vou ficar quieta, porque eu não sou dessas!
   — Que deixe as duas falando sozinhas.
   — Você viu, elas me colocaram contra a parede! E eu não vou fugir de ninguém também.
   — Você é que sabe das decisões que toma. — Ele dá de ombros. — Só que eu acho que ficar caindo na provocação dos outros é burrice, pedir pra se estressar.

Na sala, Isabela, Felipe, Yasmin e Malu também conversam sobre o fato ocorrido e o casal de namorados censura as duas.
   — Ficar batendo boca com a garota no corredor? Que nada a ver, gente — fala Felipe sentando em um sofá.
   — Sem contar que eram duas contra uma — completa Isabela. — Isso é covardia!
   — A gente não ia matar ninguém, Isabela — devolve Yasmin, que está em uma poltrona.
   — Não era o que parecia. Vocês pareciam lobas olhando para a presa!
Malu ri.
   — Car*lho, gente, quanto drama.
   — Não é drama, Malu — devolve a menor. — Vocês duas foram atrás de confusão e pra quê? Pra acabar com a harmonia do pessoal?
   — Nunca teve e nunca terá harmonia com essa garota entre a gente — Yasmin opina.
   — Pra mim estava tranquilo — Felipe rebate.
   — Tá tranquilo, tá favorável — Malu ri.
   — Não tô vendo graça aqui — Isabela irrita-se.
   — Esse é o problema de vocês — devolve a morena ficando em pé, agora bem mais séria. — Vocês levam tudo muito a sério. Mano, eu estou aqui para curtir as minhas férias, me divertir. E por que não zoar um pouco a Jaqueline? Pra mim, isso de ameaçar ela no corredor não passou de uma zoação. Eu não gosto dela? Não gosto, mas não vou engolir a garota também! Pelo amor de Deus, vocês não zoam e não deixam os outros zoarem também. — Ela rodeia o sofá em que Isabela e Felipe estão e passa pela porta principal da casa.
   — Pra você não foi só zoação — Isabela afirma olhando para a melhor amiga.
   — Não mesmo — assume Yasmin. — Eu não gosto mesmo da Jaqueline e não queria que ela tivesse vindo. Ponto final.
   — Mas ela veio e você tem que aceitar isso — argumenta Felipe.
   — Eu não sou obrigada a nada — devolve sua irmã e também sai da sala, porém entra no corredor para os quartos. Ela encontra Victor, que está saindo do quarto de Jaqueline. — Foi bom o papo com a Jaqueline? — questiona com grosseria.
   — Por que você está usando esse tom de voz? — questiona o loiro. — Você é a errada aqui, não eu.
   — Ah, claro! 
   — Não era eu que estava brigando com os outros.
   — Brigo mesmo, eu não gosto dela.
   — E eu converso com quem eu quiser.
   — Ótimo — retruca Yasmin e caminha mais um pouco pelo corredor, no entanto Victor segura no braço dela e com rapidez se tranca no banheiro com a loirinha.
   — Você é muito barraqueira.
   — Depende do dia — Yasmin continua usando o tom de voz mais frio que consegue. 
Victor empurra ela até a pia e coloca as mãos na bancada ao lado de seu corpo. 
   — As vezes eu gosto, as vezes não gosto disso.
   — Aí o problema já não é meu. 
   — É sim. — Ele dá um sorriso debochado. — Sua função é me agradar, não é?
Yasmin ri com descrença.
   — Vai sonhando. 
Victor interrompe a risada dela com um beijo. Seus braços rodeiam a cintura dela com a mesma força que imobilizaram Jaqueline, mas com fervor e desejo. Yasmin aperta os antebraços dele e sua boca devolve o beijo com intensidade.
   — Sua louca — ele diz.
   — Sou mesmo.
Victor sorri e beija o queixo dela.
   — A Jaqueline me surpreendeu — conta ainda abraçando ela. — Ela tem tentado ficar na dela.
   — Excelente! — exclama Yasmin tentando afastá-lo. Sem sucesso.
   — Verdade — Victor sorri. — A garota que dá em cima de mim me surpreendendo e a minha namorada me desapontando. Não sei por que eu, mas eu continuo muito amarrado na minha namorada. 
   — Talvez por que ela seja maravilhosa.
   — Acho não, deve ser a humildade que ela esbanja — ele ironiza e Yasmin cai na gargalhada.

Alheios aos recentes acontecimentos, Vinícius mergulha na piscina e Marina observa o namorado sentada na beira com as pernas dentro d'água. O rapaz nada até ela e sacode o cabelo, respingando gotas de água para todos os lados.
   — Vini!? — ri Marina. — Parece um cachorro molhado. 
Ele ri e passa a mão no cabelo, puxando os fios para trás.
   — A água está uma delícia.
   — Mais tarde eu entro. 
Vinícius analisa atentamente o rosto dela.
   — Isso não tem a ver com o que aconteceu com a Jaqueline, né?
   — Claro que não. — Marina impulsiona-se para dentro da piscina e fica parada na frente de Vinícius, a água batendo na altura de seus ombros. — Viu?
Ele sorri e dá um curto beijo nela.
   — Você fica diferente de cabelo molhado — comenta a jovem passando a mão no rosto dele.
   — Fico?
   — Sim, seu rosto fica mais visível. — Ela dá um selinho nele. — Sua beleza mais aparente.
Vinícius ri.
   — Fala sério, Mari.
   — Eu estou falando. — Os dois riem.
   — Então você prefere o meu cabelo assim, molhado e liso, ao invés dele seco e cacheado? 
   — Eu não disse isso — a morena sorri. — Os seus cachos é o que torna você diferente dos outros. Não só isso, óbvio! Mas é o que faz você ficar ainda mais encantador — sussurra perto da boca dele.
O casal se beija lentamente e ao final Vinícius encaixa o rosto no pescoço dela, ficando com o queixo em contato com a água.
   — Eu amo o meu cabelo — fala endireitando-se. — Acho que é uma das únicas coisas que se as pessoas mexem eu fico bravo.
   — Com certeza — concorda Marina gargalhando. — Você sempre fica todo bravinho quando tem que cortar!
Vinícius ri e coça o pescoço, olhando ao redor. Marina dá um beijinho no lóbulo da orelha dele e confessa baixinho:
   — Hoje eu senti ciúmes de você.
Ele rapidamente olha para ela.
   — Ciúmes de mim?
   — Sim.
   — Quando?
   — Aquela hora que você ficou cobiçando a Jaqueline com o olhar.
Vinícius dá um leve sorriso.
   — Eu não estava cobiçando ela, estava apenas olhando. 
   — Sei — ela diz com descrença.
   — Não foi nada demais, Mari, eu apenas olhei, assim como, você olha para o Brian e eu não falo nada.
   — Mas sente? — indaga Marina com astúcia. 
   — Sentimentos não são tão controláveis quanto palavras.
   — Você não precisa controlar suas palavras quando está comigo — argumenta a garota suavemente.
   — Não é bem assim. — Vinícius desvia o olhar.
   — É sim, Vinícius, eu não gosto de saber que você não fala as coisas simplesmente para não me magoar. Assim você se magoa e se você fica magoado, eu também fico. 
Ele dá um leve sorriso e um beijinho no nariz dela.
   — Deixa isso pra lá, Mari. Eu sou assim.
   — Promete que vai me falar o que você sente? Mesmo acreditando que eu vou me magoar.
   — Eu não vou prometer isso.
   — Vinícius.
O rapaz fita intensamente os olhos dela.
   — Ok. 
   — Promete.
Ele sorri.
   — Eu, Vinícius Fronckowiak Rocha, prometo.
Marina sorri alegremente.
   — Ótimo.
   — Você consegue tudo o que quer de mim, né? — ele fala colocando as mãos na cintura dela dentro d'água.
   — Eu não consegui nem a metade do que eu quero de você — sorri Marina.
   — É?
   — Sim. — Ela coloca uma das mãos na nuca dele. — Eu quero você todo pra mim. 
   — Nossa, acho que eu casei com uma psicopata! — Vinícius e Marina gargalham.

Em um restaurante de classe média alta, Mel e Reinaldo almoçam. Durante a refeição, conversam sobre viagens que já fizeram e que gostariam de fazer.
   — Eu pretendo voltar para a Austrália, é muito fascinante.
   — Eu tenho vontade de conhecer lá — comenta Mel olhando ao redor.
   — Você pode ir comigo, já pensou nisso? — Reinaldo propõem acariciando os dedos dela por sobre a mesa. Mel sorri de leve, passando a mão livre no cabelo, sem olhar nos olhos dele. O empresário fica apreensivo, com medo de ter dito algo que não deveria. — Tudo bem, Mel? Eu falei alguma coisa errada? 
A morena olha para ele.
   — Hã? Claro que não. É que... — ela respira fundo, sem saber como contar —, eu acho que aquele homem ali da mesa do lado é um paparazzi.
   — Quem? — questiona Reinaldo ainda com os olhos pregados nela.
   — O de verde musgo, ali do lado direito.
Ele olha disfarçadamente na direção indicada por ela.
   — Você acha?
   — Acho. — A inquietação dela é evidente. — Eu não gosto nada de saber que tem alguém aqui que pode noticiar o nosso relacionamento.

Pouco antes do almoço deles serem servidos à beira da piscina, Brian chama Marina para conversar em um canto reservado da sala.
   — Eu queria te pedir uma coisa — fala o americano e como conhece muito bem ele, Marina fica alerta. 
   — O que foi?
   — Eu não sei se você sabe o que aconteceu hoje de manhã.
   — Não. — Marina apoia-se na parede, de braços cruzados. — O que aconteceu?
   — A Yasmin e a Malu ameaçaram a Jaqueline. 
A garota controla uma risada.
   — Como é?
   — A Jaque não se meteu com ninguém, por que elas fizeram isso? 
   — Sei lá, Brian. — Ela dá de ombros. — Eu não sou elas, como eu posso saber?
   — Marina, eu queria pedir pra você conversar com elas duas, vocês são próximas.
   — Eu, próxima da Yasmin? Brian, você está com insolação? 
Mesmo estando preocupado com sua ficante, o americano sorri.
   — Mas você é próxima da Malu, eu sei. 
   — Ah, a gente gosta de zoar juntas.
   — Pois é, conversa com ela.
Marina olha fundo nos olhos do ex e respira fundo.
   — Como eu posso te falar isso? — comenta para si mesma. — Olha, eu não sou chegada na Jaqueline, ninguém aqui é e você sabe disso. Eu não vou ficar bancando a babá dela ou alguma coisa assim.
   — Eu não estou pedindo pra você ser babá dela! Custa você falar com a Malu?
   — Custa, Brian. Eu cheguei esse ano no colégio, não sei o que eles viveram no passado e se elas têm raiva da Jaqueline deve ter um motivo. Eu não vou me meter, não fui eu quem ameacei a Jaqueline.
   — Ok, Marina, eu só pensei que você fosse um pouco mais piedosa. 
   — Agora você vai apelar para a minha piedade? 
   — Não estou apelando para nada. Quer saber? Deixa pra lá, não devia ter falado nada com você.
Brian tenta se afastar, mas Marina não permite ao se colocar em seu caminho.
   — Ei! — Ela coloca uma das mãos no peito dele. — Não fica assim comigo.
   — Eu não estou nada.
   — Brian!? Você veio pro Brasil por minha causa, lembra?
   — Nossa, quanto convencimento. 
   — Vai negar?
   — Não estou negando, só pensei que você não fosse jogar isso na minha cara. 
   — Eu não estou jogando nada na sua cara! — Um suspiro sai por entre seus lábios. — Eu só não quero ficar brigada com você, Brian. 
O loiro passa a mão carinhosamente no queixo dela.
   — Ok, não vamos ficar brigados. 
   — Era só o que faltava, a gente brigar por causa da Jaqueline! — Ela revira os olhos.
   — Não vamos mais falar disso, combinado?
Marina assente e abraça o amigo.
   — Combinado.

Depois de terem almoçado, Mel e Reinaldo partiram para o carro dele. A morena ficou imensamente aliviada ao constatar que o homem não passava de outro cliente do restaurante, mas um questionamento surgiu em sua mente. A pergunta não para de se repetir em sua consciência, mesmo com os beijos quentes que recebe de Reinaldo. O casal para ofegante e a indagação escapa da boca de Mel:
   — Você está preparado pra enfrentar isso?
Reinaldo não compreende o que ela quer dizer.
   — Como?
Mel endireita-se no banco do carro. 
   — Você viu como foi agora a pouco, não viu? É assim que é a minha vida, Reinaldo. Dessa vez foi só um engano, mas não costuma ser. Sempre tem alguém me observando, tirando fotos minhas, às vezes até me abordam para fazer perguntas. Reinaldo, você está preparado para quando a gente assumir o nosso relacionamento? 
   — Estou, Mel — responde o homem sem hesitação. — Eu gosto de você.
   — Não, acho que você não está entendendo! Vão revirar a sua vida, publicar coisas do seu passado, vão querer fazer entrevistas com você e até com a sua família. Você... você não acha que é um preço muito grande a pagar?
Ele sorri com calma e pega nas mãos dela.
   — Mel — diz com seriedade —, acho que você subestima o que eu sinto por você. Eu gosto muito de estar com você, pode ser horrível essa exposição, mas eu tenho certeza de que por você vale muito a pena. Eu estou disposto a enfrentar tudo isso pra ficar com você. Então, não fica se preocupando com esse tipo de coisa. Apenas curta o momento, tá?
A morena fica impressionada com a tranquilidade e a maturidade com que Reinaldo fala e se comporta.
   — Tá — responde baixinho e recebe um selinho dele. 
   — Tenta não pensar nisso, por favor. Não quero ver você se preocupando.
   — Não vou mais me preocupar. — Mel sorri e o beija. — Agora — fala e dá um selinho nele —, tem outra coisa que você tem que se preparar para enfrentar.
   — Que coisa? — indaga Reinaldo acariciando o cabelo dela.
   — O Vinícius e a Isabela. 
Eles começam a gargalhar e se beijam novamente.
   — Eu estou falando sério — Mel fala entre os beijos que se seguem.
   — Eu enfrento qualquer coisa por você.
Ela sorri com encantamento e volta a beijá-lo.

Durante a tarde, os jovens voltam a aproveitar a piscina. A maioria das meninas estão dentro da água, outras estão ao redor com Thiago e Vinícius. Eles assistem Brian e Samuel fazendo acrobacias e ficam impressionados e entusiasmados. Em certo momento, Isabela estranha a ausência de Felipe e Victor.
   — Onde aqueles dois estão? — questiona para Yasmin e Malu, que estão com ela na piscina.
   — É verdade, eles sumiram — observa a loirinha enquanto Malu sorri e comenta com malícia:
   — Eles têm passado bastante tempo juntos, né?
   — Cala a boca! — Yasmin tenta afogar Malu de brincadeira, mas não consegue. — Vamos caçar esses dois, Isa.
As duas saem da piscina e caminham para dentro do casarão. A sala está vazia e silenciosa, apenas o pingar dos cabelos molhados delas é ouvido. 
   — Vamos olhar lá nos quartos — sugere Isabela.
   — Boa — concorda Yasmin —, vamos passar no meu primeiro pra eu pegar um roupão, antes que eu molhe a casa toda.
Isabela ri.
   — Verdade, tem um pra mim? — indaga indo para o corredor junto com a amiga.
   — Tem, eu sempre trago mais de um, pra prevenir. — Elas riem e entram no quarto que a loirinha está dividindo com Graziele e Malu.
   Isabela caminha pelo cômodo e quase se senta na cama que Malu está dormindo, mas se lembra de que está toda molhada e volta a se levantar. Yasmin abre algumas gavetas do armário embutido e a morena questiona:
   — Você já guardou todas as suas coisas?
   — Você não achou que os meus pertences iriam passar uma semana largados dentro de malas, né? — ri. — Só que agora eu não lembro onde coloquei os roupões.
   — Deixa eu te ajudar — se oferece Isabela no instante que Yasmin abre as portas da maior área do armário. Ela solta um grito de terror quando algum ser cai sobre si e Isabela paralisa atrás dela com um grito preso na garganta e os olhos esbugalhados.
   Victor agarra os braços da namorada, buscando equilíbrio para não cair de tanto rir. Seu rosto está coberto por uma máscara de palhaço ensanguentado e o seu peito nu está manchado por algo muito semelhante à sangue.
   Após se recuperar do susto, Yasmin empurra o namorado.
   — P*rra, Victor!
   — Foi só uma brincadeirinha, meninas.
   — Até quando vocês vão ficar com essa brincadeira idiota? — questiona Isabela ficando com o rosto vermelho de raiva.
   — Vocês? — Yasmin repete surpresa.
   — Aposto que o Felipe está em algum lugar aqui filmando tudo. — Isabela olha ao redor. — Cadê você, Felipe?
Uma cabecinha morena e bela surge do lado de fora da janela e Yasmin ri com incredulidade.
   — P*ta que pariu! O que é isso, uma quadrilha?
   — Radical — ri Victor tirando a máscara assustadora.

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