Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 231: Yasmin fica em situação complicada após fazer certo comentário

   — Não preciso, não — discorda Marina e respira fundo. — Desculpa por ter explodido. É que... é que esse assunto ainda me deixa nos nervos. Eu não quero ficar reclamando com você. Desculpa.

Vinícius olha no fundo dos olhos dela e responde:

   — Tudo bem. Eu só acho que você deveria ouvir o meu conselho, não fique se estressando com isso.
Marina assente e se arrasta no sofá para ficar mais perto do namorado.
   — Você tem razão. — Ela sorri levemente. — Obrigada por ser tão compreensivo.
   — A questão é: Até quando eu vou ficar sendo compreensivo?
Ela franze levemente a testa, sem compreender o comentário dele.
   — Como assim?
   — Mesmo com você dizendo que não tem ciúmes dele e que não sente mais nada além de amizade por ele, é muito incômodo pra mim presenciar essas cenas. Uma hora você está com marcas de cócegas que ele fez, outra está com raiva porque ele ficou com uma garota e em uma outra hora é porque ele passou o dia com essa garota. Eu sei que é idiota, mas você nunca sentiu isso por mim, agora por ele é tão intenso e tão nítido. 
   — Esse é o problema? Eu não demonstrar ciúmes por você? 
   — Não, é só uma parte dele. 
   — Se essa é a questão, Vini — fala Marina chegando mais perto dele —, é porque eu... eu não tenho motivos para ter ciúmes de você. Poxa, você é tão incrível, tão carinhoso e companheiro comigo, sempre do meu lado, tão altruísta, generoso. Como eu vou sentir ciúmes de uma pessoa que não me dá motivos? — Ela respira fundo e suaviza a voz: — Sem contar que eu já senti ciúmes de você com a Yasmin. — Uma risada surge de seu interior. — Tão patético. Enfim, eu quero ficar com você. Quantas vezes vou precisar dizer isso? 
   — Nenhuma. Eu sei disso! — fala Vinícius ainda calmo. — São só essas cenas que me incomodam. 
   — Tá bem. Entendi. Eu juro que vou tentar me controlar. — Ela passa a mão pelo rosto dele. — Eu só quero que tudo fique bem entre nós dois, porque é de você que eu preciso. Eu preciso dessa sua calma, dessa sua energia sempre positiva, desse seu calor que passa pra mim como se fosse um véu que me protege de tudo e de todos. Eu preciso de todo o seu corpo, de toda a sua alma, de toda o seu coração. 
O garoto assente e pega nas mãos dela.
   — Eu também preciso de você. Desse seu lado incontrolável e do outro calmo. 
   — O lado americano e o lado brasileiro — sorri Marina.
   — Sim. Eu amo os dois lados e quero saborear cada um deles. 
   — Então não vá embora.
Vinícius sorri e dá um beijo no ombro dela.
   — Eu fico. 
A morena retribui o sorriso e chega mais perto dele. 

Juntamente com sua inseparável bolsa saco preta, Maria Luíza chega à casa da melhor amiga e é recebida por Larissa e o cãozinho da família, Phil.
   — Oi! — sorri Malu.
   — Oi, Malu. Tudo bem?
   — Sim. A Grazi está?
   — Está lá no quarto. Sobe lá!
A morena assente, faz um carinho em Phil e sobe as escadas. 
   — Oi, Grazi — fala abrindo a porta. A ruiva está deitada na cama, sob pesadas cobertas.
   — Oi — responde com a voz fraca.
   — Eu vim do hospital com o Samuel — conta Malu sentando na beirada da cama.
   — O Samuel está aqui? — indaga Graziele olhando sem disfarçar para a porta.
Malu dá um leve sorriso.
   — Não, ele só dividiu o táxi comigo.
   — Ah, como ele está? — pergunta ao se sentar na cama, já sabendo do ocorrido envolvendo as vidas de Samuel e Ben.
   — Bem! Ambos não querem se ver.
   — Ah.
   — É, mas eu não vou deixar isso pra lá.
   — Você não acha... — ela busca palavras para não soar rude —, você não acha que não deve se meter nisso? Afinal, as vidas são deles.
   — Eu sei, mas eu já estou envolvida. — A morena coloca os pés na cama. — Grazi, eu estava ficando com os dois.
   — Sem saber!
   — Sim, mas isso talvez seja um sinal. — Ela deita na cama, ficando sobre as pernas da amiga. — Eu estava pegando os irmãos!
Graziele ri.
   — E que irmãos!
Malu ri e olha para a amiga.
   — Hoje eu estava com o Sam e lembrei de você.
   — Por quê? — surpreende-se Graziele.
   — A gente estava se beijando e tal e eu pensei que se fosse com o Ben, poderia ir para algo a mais.
   — E isso é bom ou ruim?
   — Bom. Pelo menos é o que eu acho. O Sam é algo muito importante, eu não quero dar um passo além e "estragar" — ela faz aspas com os dedos — tudo. Eu quero que seja algo bom quando acontecer, sabe? — Um suspiro escapa de seus lábios. — E eu sinto que vai ser algo muito bom!
Graziele ri.
   — Por quê?
   — Quando a gente está junto, Grazi... Putz, é tão intenso. Tão quente! 
As duas gargalham.
   — Então não vai demorar muito para vocês darem mais um passo.
   — É. E eu nem quero que demore muito. 
   — Ele não é mais virgem, né? 
Malu gargalha.
   — Grazi!? O Samuel, virgem? 
A ruiva dá de ombros.
   — Vai saber! — Uma ideia passa por sua cabeça. — Sabe o que eu pensei agora? E se ele e a Talita transaram?
Malu faz cara de nojo.
   — Eca! Ele teria que tomar banho de álcool pra tocar em mim. E não, eles não chegaram a isso.
   — Como você pode ter certeza?
   — Ele já me falou.
   — Sério? Você perguntou?
Malu ri.
   — Claro que não. A conversa surgiu e ele falou. Simples assim.
   — Quem dera todas as conversas fossem simples assim.
Malu vira a cabeça na direção da amiga.
   — Você está falando do Thiago?
   — Estou — responde a ruiva com melancolia. 
   — Eu soube que as visitas começaram, tentei ver ele hoje, mas não estava no horário. Você conseguiu?
   — Consegui.
   — E como foi?
Graziele solta um suspiro.
   — Foi horrível. Ele está tão culpado! Está tão mal! — Ela começa a lutar contra as lágrimas que se formam em seus olhos. — Acontece que eu também estou mal. 
   — Ai, amiga, não sei nem o que te falar. 
   — Então não fala.
   — Só me conta uma coisa.
   — O quê? — pergunta Graziele.
   — Como ele está? Digo, além de culpado e tal. Como ele realmente está? 
Após respirar fundo, a outra diz:
   — Embora faça apenas dois dias que tudo aconteceu, parece que ele está mais magro. 
   — Ainda mais magro?
   — É, mais magro do que o normal. — Os olhos de Graziele acendem-se. — Malu, é isso!
   — Hã?
   — O Thiago não era sempre magro daquele jeito só por causa de genética ou esportes. O cigarro sempre esteve presente!
A morena confirma com a cabeça.
   — É verdade. — Ela se arrasta para baixo do cobertor e abraça a melhor amiga. — Agora vamos parar de falar disso? Deixa para pensar nisso depois. 
Graziele assente e esconde o rosto no pescoço de Malu.
   — Parece que eu estou vivendo um pesadelo infinito. 
   — Ei! Para com isso — pede a morena apertando a ruiva em seus braços.

Entre risos e abraços, Victor e Yasmin chegam à casa dele. 
   — Oi! — falam ao mesmo tempo para Marina e Vinícius, que conversam baixinho aninhados no sofá.
   — Oi — responde Marina olhando para os loiros.
   — Quanta empolgação, hein? — Vinícius comenta dando um sorriso simpático.
   — Sim! — confirma Yasmin sem tirar o sorriso do rosto. — Pra que tristeza, pra que chateação?
O casal sorri no sofá enquanto Brian pula os degraus da escada e se junta a eles. Os músculos de Vinícius ficam retesados e o seu olhar esfria. 
   — Oi! — fala o americano para o quarteto.
   — E aí, Brian? — responde Yasmin sorrindo. O rapaz olha para Marina e em seguida para Vinícius, ele nota a irritação na expressão dele e dá um sorriso amarelo.
   — Vou pegar um copo d'água. 
Assim que o americano sai da sala, Yasmin, que analisava minuciosamente Vinícius, olha para Marina e diz:
   — Eu sei que eu não tenho nada a ver com isso, mas você precisa dar um jeito nisso, né?
A morena fica espantada.
   — Oi?
   — O Brian, você e o Vinícius.
Victor aperta os músculos da mandíbula e olha intensamente para a namorada. 
   — Sim, você está certa. Você não tem mesmo nada a ver com isso — Marina responde. 
   — O Vinícius é meu amigo. Eu me importo com ele. Muito!
   — Então não se meta da vida dele.
Vinícius aperta a cintura da namorada, olhando de uma para outra.
   — Eu só não acho certo isso que está acontecendo. Eu vou te dar um conselho — continua Yasmin sem perceber o olhar duro de Victor —, reveja a sua relação com o Brian. Sério, pode ser que você veja ele apenas como um amigo, um irmão, mas para o Vinícius, para as outras pessoas, vocês sempre serem ex-namorados. E pensa, Marina, não é legal para ninguém ver a sua namorada agarrada com o ex. — Ela dá de ombros. — É só o que eu acho. 
   — O que você acha ou deixa de achar não me interessa — corta Marina.
   — Eu só estou dando a minha opinião.
   — Ninguém pediu sua opinião. 
Quando Yasmin vai responder, Victor a interrompe, dizendo:
   — Vamos jogar lá em cima, Yas. — Ele desliza os dedos pela mão dela e dá um aperto quase imperceptível, porém o suficiente para Yasmin entender o recado.
   — Vamos. — Ela não se controla, olha para Marina e conclui: — Pensa no que eu disse, você verá que eu tenho razão. 
Marina respira fundo e busca o olhar de Vinícius para se sentir mais calma, porém o que encontra é um olhar gelado. Quando o irmão e a cunhada vão para o segundo andar, ela questiona:
   — Você está bem?
O rapaz passa a mão pelo rosto.
   — Estou. Só não quero que as pessoas fiquem se metendo na nossa vida. Eu sei que a Yas só quer o meu bem, mas mesmo assim. 
   — Foi o que eu disse para ela.
   — Mas não precisava ser tão grossa também, né? 
   — Ela pediu, Vinícius!
   — Tá, tá bom. — Ele passa a mão nos cachos. — Agora eu acho melhor eu ir mesmo, daqui o Brian volta e eu não estou no clima para... isso.
Marina respira fundo e assente. O namorado levanta-se, caminha para a porta, porém ela o alcança e segura em seu braço.
   — Te amo — fala antes de se jogar nos braços dele. Vinícius aperta a cintura dela e a puxa para mais perto. Ambos ficam agarrados um ao outro, sem querer que este momento acabe. No entanto, Vinícius é o primeiro a soltar, dizendo:
   — Amanhã a gente se vê no colégio. 
Ele faz um breve carinho no queixo dela e sai. 

Na manhã seguinte, os jovens vão chegando ao colégio com os rostos inchados de sono. Maísa é uma das primeiras a chegar em sua sala, encontrando apenas Alexandre, Danilo, Mayara e Jonas no espaço. Ela cumprimenta Alexandre e Danilo e segue em direção à mesa de Mayara.
   — Oi! — sorri para a outra loira.
   — Oi, Maísa. E aí? 
   — Estou na boa — fala sentando na mesa da colega. Seu olhar voa até Jonas, que mexe no próprio celular, e volta para a ex-ficante de Malu. — E você?
   — Também. — Ela levanta. — Eu estava indo lá encher minha garrafinha, quer que eu traga água para você?
   — Não, valeu.
Mayara sorri, levanta com uma garrafinha verde nas mãos e sai da sala. Maísa recusa-se a olhar novamente para Jonas e pega o seu celular no bolso da calça jeans. Ela mal tem tempo para entrar em seu Twitter quando sente a presença de alguém se aproximar. Ao erguer os olhos, constata que é Jonas.
   — Bom dia — fala o rapaz.
   — Bom dia — ela responde com a voz neutra, tentando não demonstrar nenhuma reação antes de saber as intenções dele.
   — Como foi o seu final de semana? — indaga Jonas tocando de leve no joelho dela com a sua perna.
   — Foi excelente! E o seu?
   — Bom. — Eles ficam em silêncio por alguns segundos e Maísa começa a se sentir desconfortável, até que Jonas propõem: — Vamos lá para fora? 
   — Pode ser.
Ela pula da mesa e passa por ele, caminhando até a porta. Eles passam por alguns estudantes no corredor e chegam ao segundo andar, que é sempre mais vazio. 
   — Algo em especial tornou o seu final de semana excelente? — pergunta Jonas sentando em um degrau da escada. 
   — Um primo meu chegou de viagem.
   — É? Primo da Laís também?
   — Não. 
   — Ah, e ele é apenas um primo? — pergunta o garoto olhando para os degraus abaixo. 
Maísa ri. 
   — Jonas, se você costuma ficar com as suas primas, eu não. Ok? 
Ele dá um leve sorriso e olha para ela.
   — Ok. 
   — E por que o seu foi bom? Não saiu? 
   — Até que não, preferi ficar em casa.
   — Sério? — espanta-se a loirinha. — Que milagre! — Eles riem. — O que te fez ficar em casa?
   — Sei lá. — Jonas dá de ombros. — Não fiquei com vontade de sair. 
   — A gente podia ter saído para assistir a um filme — Maísa fala sem pensar, mas não se arrepende.
Jonas não esconde a surpresa pela ousadia dela, sorri e diz:
   — Não faltará oportunidades. 
Eles sorriem um para o outro e Jonas coloca uma mão no joelho dela, aproximando-se aos poucos. Maísa não se move, apenas permanece analisando os olhos escuros dele. Quando apenas uma fina camada de ar separa os seus lábios, ela vira o rosto e levanta.
   — Vou ver se a Laís chegou. — Sem olhar para trás, desce os degraus e vira o corredor. Logo que entra na sala de aula, visualiza a melhor amiga sentada em sua própria mesa com Alexandre ao lado. Eles conversam e riem baixinho. 
   — Olá! — fala com empolgação.
   — Oi! — responde Alexandre.
   — Oi! Quanta animação para uma manhã de segunda-feira — ri Laís.
   — É porque o dia começou muito bem. 
   — Posso saber o porquê?
Alexandre olha para as pessoas que vão chegando na sala, fingindo não estar ali para dar mais privacidade para as duas.
   — Eu estou começando a fazer o Jonas comer na minha mão — sussurra Maísa no ouvido da amiga, que lança um olhar de reprovação.
   — Olha lá! 
   — Nem começa, nem começa — pede Maísa no instante que Aline junta-se a eles. 
   — Bom dia! — fala sorrindo e passando um braço pelo o de Maísa. — Preciso falar com você.
   — Sobre o quê? — questiona a loirinha e Laís ao mesmo tempo. 
   — Aquilo que eu te contei ontem — responde Aline olhando para a morena. — Vem, Maísa!
Aline arrasta Maísa para fora da sala, cruzando com Iago e Alexandre na porta. Ela e Iago trocam um olhar carinhoso e seguem seus caminhos. 
   Laís dá um leve sorriso ao observar a cena e se vira para Alexandre.
   — Eu estou com medo de onde a Maísa pode chegar. 
   — Como assim? — questiona o garoto acariciando a coxa dela.
   — Ela voltou a ficar com o Jonas — conta. — Dessa vez, eles ficaram mesmo.
   — Sério?
   — Sim, só não conta pra ninguém.
   — Tá, sem problemas. Mas por que isso te incomoda?
   — Porque é o Jonas, né? Da última vez que eles tiveram um rolo, ela acabou ficando com o Samuel e deu no que deu. 
   — Agora eles dois estão sem se falar por causa dela.
   — É mais ou menos isso. — Ela passa a mão pelo cabelo. — Acontece que eu não quero que ela se meta com ele. O Jonas é um babaca, Alex!
Ele dá um leve sorriso e passa a mão pelo rosto dela.
   — Ei, deixa ela pensar por si mesma. Se ela quer isso, o que você pode fazer?
   — Eu sei, mas eu me preocupo com ela.
   — Sim, mas a Maísa já é grandinha, pode cuidar de si mesma.
Laís assente e dá um selinho nele.
   Após vibrar com a notícia de que Aline ficou com Iago, Maísa conta para a amiga sobre Jonas. Samuel, que está chegando no colégio, passa por elas e ouve o nome do ex-amigo. Ele se espanta, mas não reage e entra na sala. Graziele é a próxima a passar pelas duas e não deixa de ser vista.
   — Grazi! — chama Aline. — Eu soube o que aconteceu com o Thiago, ele está bem? 
A ruiva sente um incômodo na barriga, mas responde com naturalidade:
   — Está, se tudo der certo ele sairá logo do hospital.
   — Ai, que bom! — comemora Aline e Maísa complementa:
   — A gente ficou muito preocupada quando soube. 
Graziele pergunta-se interiormente o quê exatamente elas sabem, porém apenas diz:
   — É, mas agora está tudo bem. — Ela sorri para as duas colegas e entra na sala. 

Os carros dirigidos por Ulisses e Evaldo param ao mesmo tempo em frente ao colégio e Yasmin, Felipe, Isabela e Vinícius descem. O quarteto encontra-se no portão e após se cumprimentarem, Isabela diz:
   — Eu fiquei sabendo que a senhorita tretou com a Marina ontem.
   — Hum — solta Yasmin —, todo mundo está sabendo agora? 
   — Ei, calma — pede Felipe.
   — Não, eu não quis ser grossa — apressa-se em dizer Yasmin. — É que o Victor ficou p*to comigo porque ele acha que eu me meti na história da Marina e do Vinícius, mas ele é meu amigo. — Ela olha para Vinícius, que diz:
   — Obrigada, Yas, mas eu prefiro que você não se meta. 
A loirinha franze a testa, pois não esperava essa reação do garoto.
   — Como? 
   — É que esse lance já é tenso só a gente, daí se as pessoas se envolvem fica pior. Eu sei que você agiu na melhor das intenções, mas eu peço que isso não se repita. 
   — Eu tento te ajudar e você reclama? — retruca Yasmin com indignação. O grupo sobe os degraus da escada de acesso ao primeiro andar enquanto Vinícius responde com calma:
   — Eu não estou reclamando, apenas estou pedindo para que você não interfira de novo. Eu sei que você é minha amiga e pensou no meu bem. 
   — É, porque eu não acho certo o que está acontecendo. Mesmo odiando o fato do Brian ter ficado com a Jaqueline, eu não acho que você tem que presenciar certas coisas. 
   — Eu entendo e até concordo com você, mas isso é uma coisa que eu tenho que resolver com a Marina. Vocês já não se bicam, daí você ainda se mete? É claro que não ia sair coisa boa daí.
   — Yasmin — fala Felipe —, ele só está pedindo para você tirar o nariz da onde não foi chamada. 
   — Ok, já entendi! — a loirinha fala com impaciência. — Se eu soubesse que um comentário ia deixar o Victor bravo, a Marina furiosa e o Vinícius chateado, eu não teria feito. Já entendi, a partir de agora eu vou calar a minha boca e não vou dizer mais nada. Quer fazer papel de trouxa, então faz. Não vou tentar ajudar mais ninguém! 
Yasmin apressa o passo e deixa o trio para trás. Isabela olha rapidamente para Felipe, constatando que ele ficou bem irritado com o comportamento da irmã, e em seguida presta a atenção em Vinícius, que parece ter reagido de forma bem parecida com a de Felipe.
   — Ela falou isso da boca para fora — diz tentando amenizar a situação.

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