Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 345: Floresta mal-assombrada

Logo que saem do galpão, Isabela, Felipe, Yasmin, Victor, Marina, Vinícius, Graziele, Thiago, Malu e Samuel são envolvidos por uma fumaça branca ainda mais densa do que a do interior do galpão. Um boneco de palhaço ensanguentado, apoiado em uma árvore, causa certo incômodo em Isabela.
   — Já não estou gostando — ela fala buscando a mão de Felipe.
   — Com medinho, grande anã? — ri Victor. Ele apoia as mãos nos ombros de Yasmin, que permanece com os olhos atentos. 
   — A gente nem entrou na mata realmente, gente — comenta Samuel. 
Malu e Graziele são as primeiras a passar pelo palhaço ensanguentado. Automaticamente, elas dão as mãos pois o ambiente é muito escuro e assustador. A fumaça faz com que elas não consigam enxergar o chão e cada passo se torna um desafio.
   — Estou sentindo que o meu vestido vai se enroscar em um galho a qualquer momento — diz Graziele e Malu ri.
   — O meu também. 
   — Ui, corajosas! — exclama Yasmin surgindo atrás delas com o resto do pessoal. 
   — Cuidado, hein — fala Felipe —, os primeiros serão os últimos.
   — Não é ao contrário? — Marina indaga.
   — Tanto faz. — Eles riem.
   — No caso, os últimos serão realmente os primeiros — Vinícius comenta. — Os primeiros a sair correndo, já que estão perto da orla da floresta.
   — Nem entrou e já está pensando em sair correndo, Vinícius? — provoca Thiago e eles riem.
   — Até agora não vi nada de assustador — debocha Yasmin.
   — A gente deu cinco passos até agora — Victor retorque. — Vamos mais lá pra dentro.
   — E se a gente se perder? — Isabela indaga.
   — Relaxa, Isabela — responde Samuel. — A floresta é grande, mas nem tanto. Uma hora a gente vai conseguir achar a saída.
   — Assim espero.
   — Vocês falam de mais — comenta Malu dando mais alguns passos para o interior da mata. Os outros seguem a jovem e eles vão adentrando aos poucos na vegetação, que vai se tornando cada vez mais densa. A distância entre as árvores é cada vez menor e eles têm que redobrar o cuidado para não dar de encontro em uma delas. 
   — Ei! — exclama Marina de repente. Os demais param e olham para ela, que está no final do grupo, perto de Vinícius e Thiago.
   — O que foi? — pergunta seu irmão gêmeo esticando o pescoço para enxergá-la. Marina aproxima-se de um arbusto e passa os dedos nas folhas.
   — Isso... é sangue?
   — Ai, deixa eu ver! — exclama Malu entusiasmada. Ela chega perto da amiga e sorri. — Que demais! 
Dois pequenos círculos vermelhos surgem dentro do arbusto e as duas se assustam.
   — Oh God! — Marina deixa escapar. 
   — É só um boneco — tranquiliza Felipe puxando um boneco de palhaço de dentro da planta.
   — Já sujou as calças? — brinca Samuel.
   — Nossa, essa expressão é do século passado! — exclama Isabela.
   — Não te perguntei nada — ele ri.
   — Idiota.
As risadas deles são silenciadas por um uivo de causar arrepios.
   — Credo — diz Graziele chegando mais perto de Vinícius e Thiago.
   — Estou começando a gostar disso — sorri Malu.
   — Vai, vamos continuar — chama Yasmin. Os dez prosseguem caminhando, os uivos se tornam mais frequentes assim como alguns gritos de terror.
   — Gente — chama Felipe parando de caminhar, o que faz com que Marina bata em suas costas.
   — O que foi agora? — Victor questiona.
   — Acho que tem alguém ali. — O moreno aponta para uma árvore do lado esquerdo e todos olham para aquela direção.
   — Não tem ninguém ali — responde Isabela.
   — É, agora não tem mesmo.
   — Está delirando, Felipe? — ri Graziele.
   — Eu tive a sensação de ver uma mulher usando branco ali.
   — Já está tendo assombrações com a Isabela vestida de noiva — brinca Victor fazendo referência à fantasia da jovem.
Eles riem. De repente, um grito masculino e uma risada feminina ecoam muitíssimo alto e a fumaça dobra de quantidade, erguendo-se até os ombros da maioria deles. 
   — O que está acontecendo? — questiona Isabela com fumaça até o queixo. Ela engole um pouco e tosse em seguida. 
   — Ai! — exclama Graziele dando um pulo para o lado. — Alguma coisa pegou no meu tornozelo — conta olhando para baixo, sem conseguir enxergar absolutamente nada.
   — Olha ali, gente! — pede Marina indicando uma árvore. — Tem alguma coisa se mexendo ali.
   — Deve ser o vento — pondera Thiago.
   — Não estou gostando nada disso — fala Isabela.
   — Querem voltar? — propõe Vinícius.
   — Não! — exclamam Malu e Yasmin em um uníssono mais alto que a risada e o grito do casal, que continuam a ecoar.
   — Agora que a coisa está começando a ficar divertida — sorri a morena.
   — Vamos pelo menos sair daqui — diz Felipe colocando uma das mãos nas costas da namorada. Assim que ele termina de falar, uma nova rajada de fumaça surge e eles começam a se engasgar, principalmente, Isabela. Os gritos e as risadas ficam cada vez mais altos e eles saem com passos apressados. Yasmin solta um gritinho quando sente uma mão fria segurar em seu pulso. Ela puxa o braço com força e olha assustada para Victor.
   — Credo! Agora realmente me assustei. 
   — Vem cá — chama o loiro segurando na cintura dela.
Em determinado momento, um grito vindo das costas deles surpreende a todos e por instinto eles saem correndo em todas as direções. 
   Com dificuldade de desviar das árvores e sem enxergar absolutamente nada em meio à fumaça, Isabela corre às cegas com seu enorme vestido. Ela esbarra em um árvore e em seguida se choca com força em algo que também estava em movimento. Com o impacto, o pouco de equilíbrio que ainda tinha vai embora e ela cai no chão de terra. 
   — Isa? — chama Yasmin tateando o vestido de noiva dela.
   — Yasmin? 
   — Cadê o resto do pessoal? — questiona a loirinha ajudando a amiga a se levantar.
   — Não sei, não sei — responde a menor com a voz esganiçada. — Eu me assustei e saí correndo. Eu quero voltar pra festa, Yasmin! Estou com medo!
   — Calma — pede Yasmin segurando nos braços dela. — É só uma brincadeira, não se esqueça disso.
   — Isso não é engraçado. Cadê todo mundo? — ela questiona olhando ao redor. A fumaça começa a se dissipar, porém a escuridão da mata fechada continua dificultando a visão delas.
   — Acho que a galera se separou, foi cada um para um lado. 
   — O que a gente faz? — indaga Isabela com voz de choro.

   — Não sei o que a gente faz — Thiago responde à pergunta que também foi feita por Graziele. 
Os dois estão parados encostados em uma árvore com o tronco largo.
   — Esse vestido nessa mata não é uma combinação legal — ela reclama e Thiago olha para sua fantasia de Jéssica Rabbit.
   — Pode ser difícil de correr, mas você está linda com ele. Ressaltou suas curvas.
   — Que curvas? Mal tenho bunda e peito — ela ri. 
   — Você não precisa de bunda e peito para ser extremamente linda — Thiago elogia sem pensar. Graziele dá um sorriso constrangido e olha para os lados.
   — Onde será que eles estão?
   — Não sei. 
   — O que nós vamos ficar fazendo? 
   — Antigamente nós saberíamos muito bem o que fazer em uma floresta escura. 
Eles se olham e sorriem. Tomada por uma onda de coragem, Graziele questiona:
   — O que nos impede de fazer o que nós faríamos?

   — Yas — chama Isabela encarando um ponto fixo na mata.
   — O que foi? — indaga a loirinha seguindo o olhar dela.
   — Tem alguma coisa vindo dali.
   — Vocês estão enxergando coisas nessa floresta!
   — É sério.
O objeto que desperta a atenção das duas começa a ganhar forma e elas ficam aliviadas ao verem que são Marina e Malu que se aproximam.
   — Você está muito assustadora com essa fantasia — comenta Isabela para Marina. — De longe, principalmente.
   — Vocês estão sozinhas aqui? — pergunta Malu.
   — Sim, todo mundo saiu correndo quando aquela coisa começou a gritar nas nossas costas — conta Yasmin.
   — Vocês chegaram a ver o que era? — Isabela indaga.
   — Eu vi — Marina responde. — Era uma espécie de monstro. Nem sei o que falar daquilo. Foi assustador!

Sozinhos em outra parte da floresta, Victor conversa com Vinícius.
   — Estamos ficando bastante a sós hoje, né — comenta o loiro.
   — É verdade — Vinícius concorda rodeando uma árvore, olhando em todas as direções para ver se enxerga um de seus amigos entre a vegetação espessa. 
   — Será que isso é um sinal?
Vinícius abre um sorriso com sua maquiagem de caveira.
   — Sinal de quê? 
   — Um sinal para a gente continuar aquela conversa.
   — Que conversa? 
Victor ri e tira sua máscara, cravando um olhar intenso em Vinícius.
   — Quem tem fama de sonso sou eu, Vinícius.
   — Eu não estou sendo sonso, só não sei de que conversa você está falando — mente o irmão de Isabela.
   — Então eu refresco a sua memória — diz Victor dando um passo para frente. — Estou falando daquela conversa na sala lá de casa. Aquela conversa sobre você, sobre a França. Está lembrado?
   — Ah sim — Vinícius sorri. — Ainda isso?
   — Você não me convenceu ainda.
   — Eu não preciso te convencer de nada — responde Vinícius e sua maquiagem torna sua expressão ainda mais fria. 
   — Sei que não, mas gostaria de entender.
   — Não tem nada para entender, Victor. De verdade, você está dando importância para uma coisa muito pequena.
   — Não acho que seja uma coisa pequena, e não sou o único a pensar assim.
   — Do que você está falando? — Eles se encaram com seriedade. — Do que você está falando, Victor? — questiona Vinícius.
O loiro não responde, pois quando abre a boca um grito assustador rompe o silêncio da mata. Eles voltam a se olhar, repentinamente assustados, pois reconhecem o timbre de voz da pessoa que gritou. A voz feminina não é semelhante a nenhuma que até então pôde ser ouvida, mas é muitíssima conhecida pelos dois. Com a nuca arrepiada, Vinícius sussurra:
   — Marina.
   — Vem! — chama Victor e eles saem correndo em disparado na direção de que veio o grito de Marina.
   Após passarem e esbarrarem em diversas árvores, eles finalmente encontram Marina, Isabela, Yasmin e Malu.
   — O que aconteceu? — pergunta Vinícius assustado. Marina está apoiada em uma árvore, sendo consolada por Yasmin enquanto Isabela conversa com um rapaz fantasiado de zumbi. 
   — O que aconteceu, gente? — Victor questiona olhando para elas.
Malu está de braços cruzados, sem o seu habitual ar descontraído. Com uma das mãos afagando o ombro de Marina, Yasmin fala:
   — Esse moço apareceu do nada e assustou a gente. Ele tentou arrastar a Marina e ela se desesperou e começou a gritar.
Ainda ofegante e com o olhar assustado, Marina diz:
   — Isso me fez lembrar o que aconteceu na festa junina do colégio.
Victor cerra o maxilar ao recordar da situação em que Marina sofreu abuso sexual no banheiro do colégio durante a realização da festa junina.
   — Desculpa — pede o rapaz zumbi. — Eu sou apenas um ator. A Jaqueline disse para eu assustar as pessoas e afastar elas dos seus amigos. Desculpa, moça, de verdade.
   — Tudo bem — Isabela é quem o tranquiliza. — Você só estava fazendo o seu trabalho.
   — Mil perdões, do fundo do coração — ele continua repetindo para Marina.
   — Tá bom — ela responde nos braços de Vinícius.
   — Volta lá para o seu trabalho — diz Victor.
   — É — Malu concorda. — Já está tudo bem aqui.
   — Tá, tá bom. Desculpa, moça, de verdade. Desculpa — ele sai repetindo e logo some entre as árvores.
   — Vamos sair logo dessa droga de floresta mal assombrada — diz Yasmin. — Isso já deu o que tinha que dar.
   — E o resto da galera? — indaga Isabela.
   — Eles vão achar a saída uma hora — responde Victor.
   — Vem — diz Vinícius segurando na cintura de Marina —, vamos indo.
   — Vou com vocês. — Malu acompanha o casal.
Enquanto eles caminham, Isabela fala:
   — Não acho legal deixar o Felipe aqui.
   — Você nem sabe onde ele está — retorque Victor.
   — Mais uma razão para não deixar ele aqui.
   — Você quer ou não quer sair dessa floresta? — Yasmin pergunta. — Porque isso é tudo o que eu mais quero nesse momento.
   — Eu também, mas eu não quero deixar o Felipe aqui. Se fosse ao contrário tenho certeza que ele não me deixaria perdida por aqui.
Victor revira os olhos e diz para a namorada:
   — Vai com a Marina que eu fico com a Isabela procurando o Felipe e o resto do pessoal.
   — Ok. — Yasmin passa por eles e corre atrás de Marina, Vinícius e Malu.
O loiro respira fundo e encara Isabela.
   — Pode começar a sua caça. 
   — Se você quer ir, pode ir. Eu procuro o Felipe sozinha. — Ela dá às costas e começa a caminhar por entre as árvores.
   — Eu não vou te deixar sozinha aqui, estou tentando ser um amigo legal — responde Victor seguindo ela, tomando cuidado para não pisar em seu enorme vestido.
   — Você precisa treinar muito antes de chegar lá, porque... — Ela solta um grito. — Meu Deus, você quer me matar do coração?
   — Foi mal — responde Samuel após surgir de trás de uma árvore. — Me perdi. Cadê todo mundo?
   — Longa história — diz Victor.
   — Estamos procurando o Felipe — informa Isabela. — Você o viu?
   — Não. E a Malu, vocês viram ela?
   — Ela voltou para o galpão com o Vinícius e a Marina.
   — Ah. Acho que eu já vou indo também. Já passei muito susto. 
   — Boa sorte pra encontrar a saída — sorri Victor.
   — Boa sorte pra encontrar o Felipe — ri Samuel. Ele desaparece com rapidez e Victor e Isabela voltam a ficar sozinhos.
   — A Grazi e o Thiago ainda não apareceram também, né — comenta a jovem.
   — Eles devem estar curtindo, se é que você me entende.
   — Você acha? — ela sorri.
   — Com a Graziele vestida daquele jeito, quem não? — Victor ri.
   — Larga de ser idiota.

Com copos de bebidas, Jonas e Maísa conversam e dançam. Em determinado momento, o celular dela começa a vibrar no bolso de sua fantasia de Harley Quinn.
   — Espera aí — diz se afastando de Jonas. 
   — Ok. — Ele bebe um gole de seu drink e continua dançando enquanto Maísa se afasta para atender a uma ligação de seu pai. Passam-se alguns minutos e a loira retorna transtornada. — O que foi, Maísa? — questiona Jonas assustado.
   — A-a minha mãe — ela gagueja, atordoada. — Ela foi internada. 
   — Por quê?
   — Parece que a pressão dela aumentou muito e ela passou mal. Eu não sei direito. Preciso ir pra lá agora.
   — Calma, vamos pedir um táxi.
   — Não, vai demorar muito pra chegar até aqui, Jonas — ela fala desesperada.
   — É, isso é verdade.
Maísa passa a mão pelo rosto sem se importar com a maquiagem.
   — Meu Deus, o que a gente vai fazer?
   — Já sei! — ele exclama. — Me espera lá na frente do galpão, já já eu te encontro.
   — O que você vai fazer?
   — Vai lá pra frente. — Ele dá um selinho nela e sai apressado. 
Bastante confusa e atordoada, Maísa segue a indicação do namorado. 

Com dificuldade de segurar um copo com uma bebida vermelha por causa do acessório de sua fantasia, Samuel conversa com uma amiga de Jaqueline perto da porta que dá acesso à floresta. Ele é abordado por Jonas, que diz:
   — Me empresta o seu carro?
   — Oi? — Ele olha sem entender para o amigo.
   — Me empresta o seu carro.
   — Não — Samuel ri e olha para a garota, que olha com estranheza para Jonas. — Por que você quer meu carro? — ele indaga voltando a encarar Jonas.
   — A mãe da Maísa passou mal e foi internada, a gente precisa ir para o hospital o mais rápido possível. Um táxi demoraria muito pra chegar aqui.
   — Isso se ele encontrar o endereço — comenta a jovem.
   — É — concorda Jonas. — Me empresta, por favor — ele pede para o melhor amigo.
   — Você nem tem carteira, Jonas.
   — Mas eu sei dirigir.
   — Se você parar em uma blitz vai ferrar pra mim, sabia?
   — Seria muito azar eu cair em uma blitz. Vai, Samuel, quebra essa pra mim!
O affair de Malu respira fundo e tira uma de suas luvas, ficando com os dedos livres. Ele alcança a chave de seu fusca e entrega para Jonas, alertando:
   — Se ele voltar com um arranhão, você vai se ver comigo.
   — Valeu!
Jonas praticamente corre para a porta do galpão, onde Maísa está parada batendo o pé impacientemente. 
   — Podemos ir — fala mostrando as chaves do carro de Samuel.
   — Onde você conseguiu? — questiona Maísa.
   — É do Samuel — responde Jonas pegando na mão de Maísa e a arrastando para o estacionamento improvisado. 
   — Ele deixou?
   — Sim.
   — Que bom! — Ela abre a porta do passageiro e se joga no banco. — Dirige o mais rápido que você conseguir.
   — Com esse carro a gente não vai conseguir voar, mas fica calma — pede Jonas ligando o motor do fusca preto de Samuel.

Ainda com as pernas trêmulas, Marina recebe um copo de água de Vinícius.
   — Você está se sentindo melhor? — ele indaga.
   — Não — responde a jovem com a garganta apertada de choro. — Foi horrível, Vinícius. Eu sabia que aquele dia tinha me marcado pra sempre, mas o que aconteceu hoje... foi horrível! — Ela não consegue segurar mais as lágrimas, que se rompem de seus olhos.
   Vinícius segura nos braços dela e a puxa para um abraço apertado.
   — Não sei o que dizer — confessa.
   — Só não me deixa sozinha — pede Marina.
   — Nunca — garante Vinícius.

A barra do vestido de Isabela está totalmente sujo de terra, o que deixa seu visual ainda mais inusitado.
   — Estou começando a achar que ele saiu já — comenta Victor.
   — Será? — questiona Isabela parando de caminhar e se virando para o loiro.
   — A gente já andou, andou e nada dele.
   — Estou começando a ficar preocupada.
   — Relaxa, Isabela.
   — Isabela? — ela repete sorrindo. — Estranho você não me chamar de grande anã.
   — Você prefere grande anã, grande anã? — ri o rapaz.
Eles riem, mas Isabela volta a ficar séria.
   — Não estou querendo sair sem o Felipe, mas estou apavorada para ir embora.
   — Eu estou aqui para te proteger — brinca Victor fazendo um carinho no rosto dela.
   — Vai, vamos logo procurar a saída desse lugar horrível.
   — Vem. — Victor pega na mão de Isabela e começa a fazer o caminho reverso. 
Eles caminham por mais alguns metros, contornando árvores e fugindo dos lugares onde há fumaça. 
   — Espera — pede Isabela parando de caminhar.
   — O que foi?
   — Você está ouvindo?
   — Ouvindo o quê?
   — Parece que tem alguém gemendo.
   — Será que é a Graziele e o Thiago? — ri Victor.
   — Não, parece um gemido de dor. — Ela atenta os ouvidos e solta a mão de Victor, indo para perto de um arbusto.
   — Isa, tem fumaça aí — alerta o jovem, mas Isabela ignora ele. — Shit! — ele xinga e vai atrás dela.
   — Meu Deus! — exclama Isabela colocando as duas mão na boca.
   — O que é? — Victor para atrás dela e enxerga acima de sua cabeça. — Eita!
   — Felipe! — A garota corre na direção do namorado, que está deitado próximo de uma árvore com tronco largo. — Felipe?
   — Cara, o que aconteceu com você? — questiona Victor parando ao lado do amigo, que se senta com a ajuda de Isabela. 
   Com cuidado, Isabela tira a máscara do namorado e arregala os olhos com o que vê.


Comentários

  1. Que capitulo!! Amei essa festa da Jaqueline, super bem caracterizada!!
    Gente, oque foi esse puta susto e todo mundo dispersando?? LOVE IT!Achei mega massa também tu ter feito umas fantasias beeem diferentes das normais nesse tipo de festa, tipo a da Malu, e outras super características, tipo a da Grazi.
    Falando em Grazi, oque foi isso de clima com o Thiago?? Estou totalmente dividida. Tipo, eu shippo super ela com o Thiago, mas cara... ela não tava com o Douglas? Desculpa,love, mas termina seus rolos primeiro pra ficar com outras pessoas, porque em um capitulo eu acho que tu ta gostando do Douglas, e no outro eu já acho que é do Thiago que tu gosta. E outra, (como eu sou cheia de opinião, vou falar mesmo!) o Thiago tá muito esquisito pro meu gosto! Não que ele não fosse antes,mas agora tá num nível máximo! Não tô entendendo NADA sobre ele mais! Desde que saiu do hospital, tava a fim de se afastar da Grazi e pá, com uns papos moralistas e o caraio... mas agora tá dando um cima dela pakas e tentando voltar a ficar com ela... Meu filho, tu não queria que se afastar dela pra resolver tua vida?! Sei lá cara... eu sei que a vida dele é beeem conturbada e que os problemas dele são sérios, mas dá um tempo né, love? Se decida! Porque eu não to entendendo é nada dessa relação ai.
    E a mãe da Maísa, dude? Caraca, ela e o Jonas não vão ficar em paz mesmo,né? Porque o pai dela pode ser preso e a mãe passa mal, e a mãe do jonas tá com câncer... ai fica very difícil! Tomara que tudo fique bem.
    E o Felipe?! Essa cena no final é beem American Horror Story! Curti pakas.
    E eu já to começando a prever a merda que vai dar desse plano da Isabela com o Victor...
    E falando em Victor, já to cheia dele em cima do Vini! Desculpa, mas que saco! Imagina tu não querendo falar sobre um assunto e mesmo deixando isso EXPLICITO pra pessoa, ela continua insistindo? Ai o Vini fica puto, explode e a culpa é dele! Sei lá, cara, to meio zoada. Hahaha!!!
    Senti falta do meu casal. (que você já deve saber que é a Malu e o Samuel.)Quero muito saber oque vai acontecer com eles e quando vão começar a namorar.
    Anyaway, adorei o capitulo e espero por outros. Bj <3

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    Respostas
    1. Oi, Julia! Obrigada pelo comentário.
      Esse triângulo Thiago, Graziele e Douglas está bem complexo, né... Vamos aguardar para ver o que isso vai se tornar.
      O relacionamento do Jonas e da Maísa é realmente very difícil kkkk
      O Vinícius está só observando as atitudes do Victor e da Isabela, vamos ver como ele vai reagir nos próximos capítulos...
      Espero que o capítulo 346 tenha saciado sua falta de Samuel e Malu kkk *-*
      Obrigada por acompanhar e um beijo!

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