Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 280: Yasmin e Malu ameaçam Jaqueline

A terça-feira começa ensolarada e bem quente no Rio de Janeiro. Na propriedade de Chay não é diferente, o Sol inunda o jardim com sua claridade e calor, as fofas nuvens no céu não chegam a formar nenhuma sombra no solo, mas decoram a imensidão celeste.
   Mesmo com cansaço, a maioria dos jovens despertam animados. A mais bem disposta é Malu, que assim que saiu do quarto foi para cozinha pegar uma frigideira e uma colher de metal. A morena ruma para o quarto em que Isabela, Marina e Jaqueline acomodaram-se. Ela gira a maçaneta lentamente e um sorriso satisfeito aparece em seu rosto ao ver que as três ainda dormem.
   Em passos leves posiciona-se no centro do cômodo, olha ao redor, enchendo o pulmão de ar, e grita:
   — Bom dia! — Ela começa a bater na panela com a colher enquanto canta aos berros a música do despertador do Menino Muito Maluquinho. — Vamos levantando, meninas. "Ah, não!" Anão é um homem bem pequenininho, "deixa eu dormir, só mais um pouquinho".
Isabela espia por entre o cobertor o que está se passando enquanto Marina senta na cama e Jaqueline xinga por baixo do travesseiro.
   — Vamos levantando, meninas — continua Malu sem desanimar. — "Ah, não!" Anão é um homem bem pequenininho, "deixa eu dormir, só mais um pouquinho." Vamos levantando, meninas. "Ah, não!" Anão é um homem bem pequenininho, "deixa eu dormir, só mais um pouquinho".
   — P*ta que pariu! — exclama Jaqueline erguendo a cabeça.
   — Vamos levantando, meninas — Malu não para de bater na panela. — "Ah, não!".
   — Malu, chega — pede Marina sentada na cama.
   — Anão é um homem bem pequenininho.
   — Garota, cala a boca — Jaqueline reclama.
   — "Deixa eu dormir, só mais um pouquinho"
   — Por favor — choraminga Isabela.
   — Vamos levantando, meninas. "Ah, não!" Anão é um homem bem pequeninho, "deixa eu dormir, só mais um pouquinho."

Com os cachos bastante amassados do atrito com o colchão, Vinícius entra na cozinha da fazenda e encontra Victor e Felipe rindo assistindo a um vídeo no celular do loiro.
   — Bom dia! — deseja coçando os olhos.
   — Bom dia — respondem os dois. 
Vinícius repara que Felipe cutuca Victor e o loiro guarda o celular.
   — O que vocês estavam fazendo? — questiona sentando na frente deles na mesa de madeira.
   — Assistindo um vídeo no YouTube — Felipe diz.
   — Não me diga? — Eles riem.
Yasmin e Graziele entram na cozinha, sorrindo e conversando. A beleza das duas parece preencher o ambiente e os três percebem isso.
   — Bom dia — elas falam ao mesmo tempo.
   — Bom dia!
Graziele senta ao lado de Vinícius e Yasmin abraça o rapaz por trás.
   — Dormiu bem, cacheadinho? — indaga a loira afundando o rosto no cabelo dele.
   — Dormi — responde Vinícius. — Acho que eu tive um pesadelo, mas não me lembro direito. 
   — Mesmo mal, né? — ri Yasmin rodeando a mesa. 
   — É — responde Vinícius e olha para Graziele. — Seu cabelo tá laranja, hein?
A ruiva ri e passa a mão pelo fios, que estão soltos com apenas uma trança cruzando o topo de sua cabeça, como uma tiara.
   — Sério que tá laranja, Vini? Obrigada por me avisar. — Os dois gargalham enquanto Yasmin passa por Victor e bagunça o cabelo dele. O loiro estica o braço para trás e consegue acertar um tapa nas nádegas dela. A loirinha finge não sentir e fala para Felipe:
   — Você não. — Ela tenta se afastar, mas o moreno segura nas pontas do rabo de cavalo dela e por pouco não a derruba no chão. — Car*lho, Felipe! — Ele apenas ri.
   Não passa nenhum minuto que Yasmin senta-se ao lado de Vinícius e Samuel, Thiago e Brian entram na cozinha. Eles se cumprimentam e Samuel questiona:
   — Cadê o resto do povo?
   — Ainda não apareceram — responde Vinícius.
   — A Malu não tava mais no quarto — Graziele comenta e Yasmin acrescenta:
   — Pensei que tivesse com você, Samuel.
   — Acho que não está — responde o rapaz e eles riem.
   — Não aguento mais! 
Todos eles olham para a porta, onde o pequeno corpo de Isabela está postado.
   — Hã? — indaga Felipe.
   — Samuel, tira a Malu de lá — choraminga Isabela caminhando até a mesa.
   — O que a Malu está fazendo? — questiona Graziele.
Isabela explica:
   — Ela chegou batendo panela e cantando a música do Menino Muito Maluquinho.
   — O que está acontecendo? — questiona Brian em seu idioma.
   — Depois eu te explico — responde Thiago.
Yasmin ainda não está entendendo muita coisa além de Brian.
   — Que música do Menino Muito Maluquinho?
   — Aquela do despertador dele.
Graziele, Thiago e Felipe começam a rir.
   — Lembra de quando a gente assistia junto? — questiona a ruiva. Victor observa sem nem fazer ideia do que seja Menino Muito Maluquinho.
   — Tira ela de lá — pede Isabela para Samuel. — A Jaqueline e a Marina estão sofrendo.
Yasmin sorri.
   — A Marina e Jaqueline sofrendo ao mesmo tempo. Me lembrem de agradecer a Malu depois, ok?
Todos riem.

Mel e Sophia encontram-se pela primeira vez ao dia em um elevador a caminho da sala de reuniões da MelPhia.
   — Como está sendo o primeiro dia sem os pestinhas? — questiona a loira rindo.
   — Silencioso. — Mel também ri e acrescenta: — A casa toda está silenciosa e vazia. Até a Vera foi!
   — Esses são os momentos mais inspiradores, pelo menos para mim. 
   — Acontece que, ultimamente, minha inspiração tem vindo para outras coisas.
Sophia sorri.
   — Como assim?
   — Eu só tenho tido ideias para composições.
   — Sério? Faz tanto tempo que eu não escrevo nada.
   — Pois é. Eu já tô com uma pasta cheia de músicas.
   — Deixa eu ver? — indaga Sophia interessada e Mel se sente um tanto quanto exposta.
   — Ai, não sei. — Ela sorri. — Tem algumas coisas muito pessoais, sabe?
   — Compreendo. Deixa pra lá então! — As duas riem. — E aí, empolgada para a reunião?
   — Não muito, mas é necessário.
   — Muito necessário! A gente já deveria ter resolvido os detalhes da festa da campanha. Daqui a pouco os holofotes se apagam e a gente não fez nenhum evento disso.
   — É verdade — concorda Mel quando elas chegam no andar desejado.

Após ouvir a campainha, Anelise caminha até a porta e encontra Daniel.
   — Dan? — surpreende-se, pois não esperava a visita dele.
   — Oi, Ane! — Os dois dão um abraço e um beijo na bochecha e o esposo de Luíza entra no apartamento. 
   — Não sabia que você ia vir — ela comenta sem se preocupar em soar grosseira, pois sabe que Daniel a interpretará corretamente.
   — O Bernardo me chamou — conta Daniel ao sentar no sofá.
   — Ah! Ele não me avisou nada. Se eu soubesse ficaria aqui com vocês, mas o dever me chama.
Daniel sorri.
   — Tudo bem, trabalho em primeiro lugar, né?
   — É, só se você começar a pagar minhas contas, daí a figura muda. — Os dois riem e Anelise alcança sua bolsa em uma poltrona. Bernardo entra na sala, vindo da cozinha, e sorri para o amigo.
   — E aí, Daniel?
   — E aí, cara!
   — Você nem me avisou que o Daniel ia vir, né? — comenta Anelise para o esposo.
   — Não? — O médico se mostra espantado. — Pensei que tivesse falado.
   — Não, não falou. — Ela dá um beijo rápido nele e caminha para a porta. — Agora eu tenho que ir. Tchau!
   — Tchau! — dizem os dois juntos.
Bernardo senta ao lado de Daniel após trancar a  porta.
   — E aí, como anda a vida?

Em seu quarto, já livre de Maria Luíza, Isabela coloca um maiô com mangas compridas laranjado e um short jeans curtinho. A morena prende o cabelo em um rabo de cavalo alto e sai do cômodo. Logo no corredor, encontra com Felipe e Victor e tem percepção de que o loiro escondeu uma cartela de remédio no short de tactel.
   — O que vocês estão fazendo aqui? — questiona com desconfiança. Seus olhos analisam os dois, mas demoram mais tempo em Felipe, já que Victor consegue esconder muito bem suas emoções e, principalmente, porque conheço o moreno há muitos anos e consegue reconhecer cada sentimento dele.
   — Nada — responde Felipe, mas desvia o olhar com rapidez.
   — Nada? — Isabela repete estreitando os olhos. — Então por que estão parados sozinhos no corredor?
Victor sorri com deboche.
   — Ciúmes, grande anã? — Ele passa um dos braços pelos ombros dela. — Pensei que você confiasse no seu potencial, mas pelo jeito acha que o loiro aqui representa perigo.
   — Larga de ser idiota, Victor.
O rapaz começa a arrastá-la para a sala.
   — Não fui idiota, apenas fiz um comentário, agora se você está tentando mudar o foco da conversa para esconder o seu ciúmes, a culpa não é minha.
   — Você é quem está tentando mudar o foco da conversa — devolve a garota. 
   — Eu? Estou só tentando te mostrar o que você não vê. Esse ciuminho que vive em seu peito. Ou no lugar que deveria ter peito, né? — acrescenta olhando para o busto dela.
   — Cala boca, Victor! — pede Isabela erguendo o queixo dele com uma das mãos. Eles continuam trocando provocações e Isabela se esquece por completo do que viu no corredor.

Reunidos no gramado perto da piscina, estão Vinícius, Marina, Brian, Thiago, Graziele e Samuel. A jovem de cabelos castanhos conversa com Brian empolgadamente sobre jogos de futebol americano e brasileiro. Os rapazes comentam sobre acidentes que já souberam que aconteceram em piscinas e Vinícius passa a fazer questão que Marina não participe da conversa. Graziele mexe tranquilamente em seu celular, sem interesse de participar de nenhuma das conversas.
   — Gente — Thiago chama a atenção dos garotos com que conversa. — Desde quando a Jaqueline tem esse corpão?
Os três olham para o outro lado da piscina, perto da porta da cozinha, por onde Jaqueline caminha sem pressa. O seu corpo está coberto por apenas um biquíni pequeno e vermelho e um vestidinho branco transparente. No rosto há um óculos de Sol e o cabelo solto cai pelas costas.
   Já que Thiago não falou baixo, tanto Marina quanto Graziele ouviram e entenderam o que ele disse, ao contrário de Brian que apenas ouviu.
   Thiago e Samuel admiram o corpo da loira sem disfarçar e até Vinícius, que normalmente não acompanha os outros rapazes nesse sentido, observa Jaqueline.
   Como não costuma ver o namorado olhando para outras garotas, Marina não consegue não sentir ciúmes e isso transparece em seu rosto.
   — O que foi? — Brian sussurra para ela.
   — Os meninos estão babando na Jaqueline — conta sem rodeios para o amigo e ex-namorado.
Brian estreita os olhos e encara os outros jovens, que continuam admirando Jaqueline, por exceto Vinícius que passou a cutucar os calinhos das pontas de seus dedos provocados pelos instrumentos musicais.
   — E eu achando que você tinha feito merda por ter ficado com ela — brinca Thiago rindo, sem perceber o olhar torto que Graziele lança em sua direção.
   — Verdade, né? — comenta Vinícius erguendo a cabeça e voltando a participar da conversa. — Você ficou com ela.
   — Foi — concorda Samuel. — Mas, sei lá, prefiro ela como amiga. 
   — Agora que já tirou casquinha, né? — provoca Thiago e eles riem. 
Passam pela porta da cozinha Yasmin e Malu com maiôs pretos cavados e idênticos. As duas trocam um olhar travesso e ao passarem por Jaqueline, empurram a garota para dentro da piscina. 
  Os três rapazes que observavam o corpo dela ficam em pé de um salto, mas é Brian quem chega perto dela primeiro.
   — Está tudo bem — garante Jaqueline nadando até a borda. Seus olhos faíscam na direção de Yasmin e Malu, que riem encostadas em uma mesa. — Eu vou matar essas duas!
   — Fica calma — pede Brian e estica as mãos para ajudá-la a sair da piscina.
Ao olhar para o rosto do americano, a loirinha tem uma ideia. Ela pega nas mãos dele, mas ao invés de ser guinchada para fora da piscina, puxa ele para água. O americano mergulha e sente os braços dela rodearem seu pescoço.
   — Eu só estou aqui por sua causa — diz a loirinha sorrindo. — Então nada mais justo do que eu aproveitar com você.
Eles sorriem e dão um beijo de tirar o fôlego. Yasmin e Malu torcem o nariz e Marina, que ficou bastante assustada com o empurrão que Jaqueline levou, pois lembrou do acidente de sua infância, também fica incomodada. O sentimento que preenche seu peito não é parecido com que sentiu ao ver Vinícius olhando para Jaqueline, mas também é desagradável. 

Depois de terem conversado um pouco sobre carreiras profissionais, Bernardo e Daniel partiram para a vida pessoal.
   — O que mais está me preocupando é o Nícolas — Daniel assume.
   — O que foi? — Bernardo pergunta com curiosidade e surpresa, pois a criança nunca foi de dar trabalho.
   — Ele está afirmando que vê um homem seguindo ele. 
   — Sério?
   — Sim. Já aconteceram várias vezes, sempre quando ele está só com a Luíza. Ela chegou a ir atrás de um cara, mas não era nada demais. Só que o Nícolas continua com essa história, eu conversei com ele e ele realmente acredita nisso. Pensei que fosse alguma brincadeira de criança, mas pelo jeito não é. A Luíza quer colocá-lo na terapia, mas eu tenho um pouco de medo.
   — Terapia é uma boa alternativa — Bernardo apoia Luíza. — Mas vocês têm certeza que não é mesmo real isso?
   — No começo a Lu acreditava, até pensou que fosse algo relacionado com o Augusto.
   — Seu pai, né? — Daniel assente e ele continua: — Pois é, foi o que eu pensei assim que você falou nisso. Porque o seu pai... desculpa, Augusto, ele voltou para o Brasil uns tempos atrás, não foi?
   — Sim — confirma Daniel. — E agora ele e a Marisa, minha madrasta, estão juntos de novo.
   — Pois é — repete o esposo de Bernardo. — Vai que tem alguém seguindo mesmo vocês? 
   — Talvez isso seja uma boa razão para eu colocar uns investigadores atrás do Augusto mais uma vez — Daniel pensa em voz alta. 
   — Acho uma boa ideia!

Depois de quase uma hora e meia de reunião, Mel, Sophia e a diretoria da MelPhia chegam a um consenso sobre a festa da campanha Do Jeito Que Eu Sou, que foi estrelada pelas filhas das donas da marca.
   — Então — diz Mel — fica acordado que a festa vai acontecer dia oito do mês que vem. 
   — Para não atrapalhar os estudos das meninas — acrescenta Sophia. — Essa tem que ser a maior festa que já foi feita nesse ano!
   — Assim será — concorda Mel.

Mesmo com maiôs iguais Yasmin e Malu ficam bem diferentes, não somente por causa da cor dos fios. A loirinha é um pouco mais alta e também mais magra e a pele claríssima de Malu destoa da cor bronzeada dela. As duas amigas fazem dancinhas na beira da piscina, usando coreografias bem inusitadas, o que provoca risos nos que assistem. 
   — Até embaixo, até embaixo — cantarola Yasmin e Malu vai dobrando os joelhos lentamente. Ela joga o cabelo para trás e levanta com os glúteos empinados. 
   — Uhu! — Yasmin ri. 
   — Quero ver você agora — desafia Malu. — Até o chão!
A loirinha não para de rir e vai rebolando até o chão, onde faz algumas paradinhas e sobe. Em seguida, elas começam a fazer uns passos simples de freestyle, contudo a coreografia fica ainda mais engraçada, pois nenhuma das duas sabem como realmente se dança. Elas riem e se divertem sem parar de dançar.

Em um dos corredores da fazenda, indo rumo à cozinha, Felipe e Victor conversam.
   — Por que você não deixou eu mostrar o vídeo para o Vinícius? — Victor questiona.
   — Ah, você conhece o Vinícius, ele é mais parecido com as meninas do que com a gente nesse sentido — explica Felipe. — Ele com certeza não ia gostar e ainda poderia desconfiar dos nossos planos para ele.
   — Falando nisso — diz Victor —, você acha que a Isabela viu alguma coisa?
   — Acho que não, mas ela ficou desconfiada. 
Eles se olham e riem.
   — Ai, ai, eles vão sofrer nas nossas mãos.
   — Quero só ver a cara das meninas — comenta Felipe e eles riem.

Isabela sai da piscina, onde mergulhava com Graziele, e caminha para a cozinha para buscar uma jarra de água. O cômodo está vazio, ela caminha até a geladeira e pega um copo no armário antes de se aproximar da mesa de madeira. Servindo-se da água, coloca uma das mãos na cintura e fica olhando para fora através da janela. 
   Seu coração salta de um ímpeto, um grito escapa de seus lábios e o copo de água quase escorrega de seus dedos quando uma mão fria aperta seu tornozelo. 
   Ela olha assustada para baixo e o seu sangue ferve ao enxergar Victor, que rola de rir no chão com praticamente o corpo todo sob a mesa.
   — Qual é o seu problema?
   — Bu! — Ele ri tanto que lágrimas se formam nos cantos de seus olhos.

No estacionamento a céu aberto da MelPhia, Mel encontra-se com Reinaldo. Sorrindo, ela joga os braços pelos ombros dele. 
   — Ainda bem que você pôde vir.
   — Eu sempre atendo aos seus chamados, não é mesmo? — Ele sorri, encostado na porta de seu carro, e envolve a cintura dela.
   — Estou me sentindo muito sozinha — Mel faz beicinho e recebe um beijo delicado de Reinaldo.
   — A Isabela e o Vinícius já viajaram? — questiona acariciando a bochecha dela com a ponta dos dedos.
   — Sim e a Vera, minha governanta, também foi com eles. Eu que exigi isso, mas agora aquela casa está muito vazia.
   — Pensa que é só por uma semana.
   — Ainda bem, né? Eu não conseguiria ficar muito tempo distante das minhas crianças.
Eles riem e se beijam mais uma vez, tirando proveito do espaço vazio.
   — Você é uma super mãe. — Reinaldo dá um selinho nela. — E uma super mulher.
   — Bem menos — sorri Mel e beija novamente o empresário. Os dois ficam namorando por longos minutos no estacionamento antes de saírem para almoçar.

Após ter deixado Brian na piscina, Jaqueline entrou na casa principal da fazenda para ir ao banheiro. No corredor dos quartos, depara-se com Yasmin e Malu, que saem do quarto que dividem. 
   — Olha quem está aqui! — exclama Malu. — Gostou do banho de piscina, Jaque?
A loira respira fundo, tentando manter a calma, enquanto Yasmin sorri com superioridade.
   — Se você quiser a gente pode fazer de novo — provoca ela.
   — Eu estou tentando ficar na minha — fala Jaqueline —, então me deixem em paz, ok?
   — E se a gente não quiser? — questiona a única morena no local, dando um passo na direção de Jaqueline.
   — Se vocês não quiserem, eu vou ter que tomar algumas medidas.
Yasmin para ao lado da amiga, tão intimidadora quanto ela.
   — Quais seriam essas medidas?
   — Nem queiram saber — diz Jaqueline com os olhos estreitos.
Malu olha para Yasmin, indagando:
   — Você está com medo?
   — Nem um pouco.
Malu volta a encarar Jaqueline.
   — Viu, nós não temos medo de você. Mas, se eu fosse você começaria a temer a gente.
Jaqueline ri.
   — Por que eu faria isso?
É Yasmin quem responde:
   — Vamos ver. Bem, nós estamos aqui nesse corredor, sozinhas; Todo mundo está lá fora, ninguém ouviria você, caso você pedisse socorro; E eu sei que você é burra, mas deve ter percebido que eu e a Malu somos duas e você é apenas uma. Acho que esses são bons motivos para temer, você não acha?
Jaqueline cruza os braços.
   — Agora vocês são covardes, vão querer bater em uma garota sozinha? Que jogo sujo — exclama em tom de cinismo.
   — Você nunca foi de jogar limpo — retruca Malu aproximando-se ainda mais dela. — Só estamos jogando o seu jogo.
   — E aí, Jaque — Yasmin fala dando um passo até a outra loira, deixando-a encurralada na parede. — Ainda acha que foi uma boa ideia vir nessa viagem? 

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