Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 139 [Parte 1]: Jonas cai na armação de Yasmin, Felipe e Victor

   — Excelente! — diz Rogério sorrindo. Um jovem desce as escadas correndo seguido por outro. Os dois gargalham e quando percebem que os olhares dos quatro na sala estão grudados neles, param onde estão e os sorrisos desaparecem. — Este é o meu filho, Everton e o amigo dele, Breno. 
O filho de Rogério, Everton, é alto, tem cabelos pretos e pele clara. Ele sorri e os seus olhos pretos se iluminam. 
   — Prazer — diz.
   — Prazer — falam Chay e Mel ao mesmo tempo. 
   — Vocês vão se juntar a nós no jantar? — pergunta Joana, lançando um olhar que diz "Não" ao filho e ao amigo dele.
 — Vamos — diz Everton sorrindo. Mel olha rapidamente para Joana e percebe que a mulher engole em seco e dá um sorriso amarelo para o filho. A empresária olha de relance para Chay pra saber se ele notou o mesmo que ela, mas ele continua olhando para Everton e Breno. 
   — Sentem-se aqui conosco — convida Rogério. Os dois adolescente caminham até um sofá e se sentam. 
   — Quantos anos vocês têm? — pergunta Chay com curiosidade.
   — Dezessete — responde Everton.
   — Dezoito — diz Breno. 
   — Legal. 
   — Então Chay — chama Rogério —, me conta um pouco sobre o seu disco. 
Chay sorri e começa a contar um pouco do seu trabalho. Mel permanece sorrindo, fingindo que está prestando atenção na conversa, mas sua mente navega pelos preparativos para a campanha de Yasmin para a Melphia. 

Na porta de seu quarto Marina para e segura no braço do namorado, dizendo:
   — Close your eyes — pede. Vinícius sorri e fecha os olhos. Marina pega no braço dele e abre a porta. Os dois entram no cômodo e ela o guia até o centro do quarto.
   — Senta — pede com gentileza. 
   — No chão? — pergunta Vinícius.
   — É. 
Ele senta no chão, ainda com os olhos fechados. Marina dá uns passos até a cabeceira da cama, pega uma venda preta e retorna para perto do namorado. Ela coloca a venda nele e brinca:
   — Agora pode abrir os olhos.
Vinícius ri.
   — O que você está aprontando?
Marina sorri, respira a fundo e começa a cantar Os outros, música de Leoni:
    — Já conheci muita gente, gostei de alguns garotos, mas depois de você os outros são os outros. — Vinícius sorri e ela se sente encorajada a continuar. — Ninguém pode acreditar na gente separado. Eu tenho mil amigos, mas você foi o meu melhor namorado.
Um sorriso carinhoso está no rosto de Vinícius quando ele recebe um beijo na bochecha de Marina, que se ajoelha na frente dele. 
    — Mari, que lindo — ele elogia. — Como você sabe que esse é um dos meus cantores favoritos?
   — Shiu! — ela pede silêncio colocando um dedo na boca dele. — Eu ainda não terminei.
Vinícius sorri.
   — Desculpa.
Marina ri e passa a cantar Preciso dizer que te amo, Cazuza.
   — Quando a gente conversa, contando casos, besteiras. Tanta coisa em comum, deixando escapar segredos. E eu não sei em que hora dizer, me dá um medo, que medo. É que eu preciso dizer que eu te amo, te ganhar ou perder sem engano. — Ela se aproxima ainda mais dele e canta baixinho: — Eu preciso dizer que eu te amo... tanto. 
Vinícius morde o lábio inferior, emocionado com a declaração cantada por Marina. Ela pega na mão dele e começa a cantar How long will I love you, da Ellie Goulding. 
   — How long will I love you? As long as stars are above you and longer if I can. How long will I need you? As long as the seasons need to, follow their plan. — A morena continua cantando a música, esta com mais facilidade que as nacionais. Ao longo da canção, ela vai ficando engasgada com as lágrimas. Em um determinado momento, Vinícius canta por ela, tirando a venda:

   — How long will I be with you? As long as the sea is bound to, wash upon the sand. — Os olhares deles estão conectados de maneira intensa. — How long will I want you? As long as you want me to... and longer by far.

Eles vão intercalando os próximos versos e no final cantam juntos:

   — How long will I love you? As long as stars are above you.

Marina sorri e uma lágrima escorre por sua bochecha. Vinícius segura o rosto dela com as mãos e enxuga a lágrima com um dos dedões. 

   — Te amo — ele sussurra. 

   — Me too — responde Marina e eles se beijam. 

O carro de Arthur para lentamente do outro lado da rua em frente ao restaurante em que foi marcado o encontro de Jonas e Anabela. Victor desliga o motor e os três espiam o restaurante. O lugar é de luxo e as paredes que são voltadas para a rua são de vidro, desse modo qualquer pessoa que passa pela rua consegue ver o interior sofisticado. Yasmin olha através do vidro escuro e constata que Jonas e Anabela não chegaram. 
   — Magnífico — diz sorrindo e solta o cinto de segurança. Mesmo saber o significado da palavra "magnífico" Victor nota que o plano está correndo perfeitamente pelo sorriso de Yasmin. Os três descem do veículo e atravessam a rua. Quando entram no restaurante, uma atendente pergunta no hall:
   — Uma reserva no nome de quem? 
Victor e Felipe olham rapidamente para Yasmin, que responde com tranquilidade:
   — Jasmine Abrão. 
A moça assente e indica a porta que leva ao restaurante.
   — Mesa dezenove, fiquem a vontade. 
Os três caminham até a porta e o maitre se aproxima, perguntando:
   — Boa noite! Qual é a mesa de vocês? 
   — Dezenove — informa Yasmin.
O senhor os leva para a mesa de quatro lugares, que fica em uma extremidade do restaurante, perto da parede de vidro voltada para a rua. Yasmin senta na cadeira que fica com a vista para o resto do restaurante, Victor se acomoda ao lado direito dela e quando Felipe vai se sentar na cadeira ao seu lado esquerdo, ela diz:
   — Não! — Os dois jovens e o maitre olham para ela, que completa com a voz suave: — Sente-se na minha frente. 
Felipe, achando completamente estranha a postura da irmã, muda de lugar, sentando em uma cadeira de costas para o resto do restaurante. Quando ficam sozinhos na mesa, Victor fala:
   — Pensei que a gente não fosse conseguir uma mesa. Você não comentou que precisa de reservas, Yasmin. E de onde veio Jasmine Abrão?
A loirinha sorri orgulhosa de seu feito.
   — Esses restaurantes só trabalham com reservas. Eu não queria deixar rastros da nossa presença aqui, por isso esse disfarce — fala passando a mão com suavidade na peruca preta. — Com o nome da reserva não seria diferente. A ideia foi muito boa, não foi? — diz rindo. — Yasmin é bem parecido com Jasmine e o sobrenome Abrão... bom, não preciso dizer nada. 
Victor e Felipe riem.
   — Por que você pediu para eu sentar aqui? — pergunta Felipe.
   — Eu vim disfarçada porque seria muito fácil do Jonas me reconhecer, por isso sentei de frente para a mesa deles; o Victor, que o Jonas conhece a pouco tempo, sentou do meu lado; Como a gente não esperava a sua presença aqui, o mínimo que eu podia fazer é pedir pra você sentar de costas pra eles, né? 
Felipe franze a testa.
   — Mas eles não chegaram, como você pode ter certeza que eles vão ficar sentado em uma mesa às minhas costas. 
   — Hello! O restaurante trabalha com reservas, quando o Jonas chegar já vai ter uma mesa certinha para eles.
   — Mas peraí — diz Victor. Yasmin revira os olhos e olha para ele.
   — O que foi agora?
   — Quando a gente chegou, a mulher perguntou no nome de quem estava a reserva. Quando ela perguntar para o Jonas, ele vai falar que não fez nenhuma reserva. 
   — Você acha que eu escolhi esse restaurante ao acaso? Esse é um dos lugares favoritos do Jonas. Ele trazia a Isabela aqui várias vezes — Felipe revira os olhos — e ela comentava comigo que mesmo sem reserva, eles conseguiam uma mesa. Quando a atendente ver o Jonas, vai dizer automaticamente o número da mesa e ele vai pensar que mesmo sem reserva tem uma mesa para ele. 
Victor assente, surpreso com a astúcia de Yasmin.
   — Genius! — exclama.
   — Eu sei, eu sei — ri a loira. — Agora é só esperar o Jonas chegar com a Anabela e assistir o espetáculo.
Os três riem e começam a analisar o cardápio. 

Reunidos na sala de jantar do casarão de Rogério, ele, a esposa, Mel, Chay, Everton e Breno jantam. Chay e Rogério permanecem conversando sobre música e mercado fonográfico. Joana, enjoada de ouvir os assuntos dos dois, pergunta a Mel:
   — E o seu trabalho, Mel? Queria te dizer que sou uma fã da sua grife. Tenho várias roupas — conta sorrindo. Chay e Rogério continuam entretidos em sua conversa e nem ouvem o que as mulheres estão começam a conversar. 
   — Fico grata! A grife está maravilhosa, enfrentamos alguns problemas nessa coleção, mas nada que abalasse o resultado.
   — Eu fiquei sabendo do falecimento do pai da Sophia.
   — Pois é. — Mel bebe um gole do seu suco. — Uma tragédia que mexeu com todos nós. 
   — É verdade que a filha da Sophia vai ser a garota propaganda da marca?
   — Sim — responde Mel sorrindo e o amigo do filho dos donos da casa passa a prestar a atenção. — A Yasmin foi escolhida para ser o rosto dessa coleção.
   — Que legal! — diz Joana com empolgação.
   — Eu conheço a Yasmin — diz Breno. — Fico feliz por ela.
   — Vocês se conhecem da onde? — pergunta Mel olhando para ele.
   — Nós nos conhecemos na abertura de uma loja. Eu sou filho da Marcela Rinaldi, dona de um site de moda.
Mel assente.
   — Sim, conheço o trabalho da sua mãe. A Yasmin fez fotos para o site dela, não foi?
   — Exatamente.
   — Eu me lembro. — Mel se recorda de como a sessão fotográfica de Yasmin para a mãe de Breno deixou Sophia entristecida e chateada. 
   — Mundo pequeno, não? — fala Joana. 
   — Só eu que não conheço ninguém — diz Everton e eles riem. 

Após o beijo, Vinícius olha ao redor, só então notando toda a produção que foi feita por Marina.
   — Uau, você caprichou, hein?
   — Você ainda não viu nada — diz a jovem se levantando. Ela caminha até o frigobar, que fica ao lado da sua estante, e pega dois mini champanhe e uma pizza pequena que estava em cima do móvel. — Nosso jantar romântico — fala colocando as coisas na frente de Vinícius. Os dois riem.
   — O que importa é a companhia — ele brinca. — O melhor você já fez, que foi cantar pra mim. Você canta muito bem, sabia?
   — Você é meu namorado, elogios vindos de você não contam — fala Marina tirando o pacote de cima da caixa de pizza para abri-lá.
   — Pois deveriam. — Vinícius abre as duas mini champanhe. — Sua voz é linda. 
Marina sorri e pega uma garrafinha com champanhe.
   — Um brinde ao meu professor particular de português. 
Vinícius ri e também ergue sua garrafa. 
   — Um brinde a aluna mais linda que qualquer professor poderia ter.
Eles efetuam o brinde e bebem goles de champanhe.
   — Atacar? — diz Marina.
   — Claro!
Cada um pega um pedaço de pizza e começa a comer, iluminado pelas velas. 

Um enorme sorriso surge no rosto de Yasmin e ela conta: — Eles chegaram.
   — É? — pergunta Felipe com curiosidade. Victor gira a cabeça casualmente e enxerga Jonas e Anabela chegando na mesa que Yasmin reservou para eles. 
   — Sim — ele confirma dando um leve sorriso. Um garçom se aproxima deles e serve os pratos que foram pedidos pelo trio. 
   — Obrigada — agradece Felipe quando o garçom termina. Eles começam a comer e Yasmin não desvia o olhar da mesa de Jonas e Anabela. 
   — Vou tirar a primeira foto — diz pegando o seu celular na bolsa. Ela apoia os cotovelos na mesa e posiciona o celular discretamente na direção de Jonas e Anabela, fingindo que está mexendo no aparelho. Como está de costas para a rua, ninguém percebe que ela está com a câmera ligada. — Quando eu disser já você finge que vai pegar alguma coisa que caiu no chão, Felipe. 
   — Tá bom. 
Yasmin ajusta direitinho a câmera e diz:
   — Já.
Felipe faz o que a irmã pediu e ela tira a foto enquanto Victor continua comendo o seu prato com tranquilidade.
   — Perfeito — comemora Yasmin vendo a foto. Felipe se endireita no instante que seu celular começa a vibrar sobre a mesa. Os três olham para o aparelho e enxergam a foto de Isabela. 
   — Atende — fala Victor. Felipe pega o aparelho e coloca junto ao ouvido.
   — Oi, amor. 
   — Oi! — diz Isabela do outro lado da ligação. — Onde você está?
   — Em casa — mente Felipe. Isabela ouve o tilintar de talheres e pergunta:
   — Está jantando?
   — É. 
   — Não quer vim comer aqui comigo? O Vinícius foi para a casa da Marina e os meus pais saíram para um jantar de negócio, estou me sentindo muito sozinha aqui com a Nina. 
O coração de Felipe se aperta quando ele mente novamente.
   — Não vai dar.
   — Por que não? 
   — O meu pai disse que quer conversar comigo daqui a pouco. 
   — O Micael? Ele não está jantando fora com a Sophia para comemorar a volta dela ao trabalho? Pelo menos foi isso que a Yasmin me disse que eles iriam fazer essa noite. Ela até torceu para eles não irem no mesmo restaurante que ela e o Victor — diz Isabela rindo. Felipe força uma gargalhada, se sentindo cada vez pior por estar mentindo para a namorada. 
   — Eu me expressei mal, não é daqui a pouco, é quando ele chegar. 
Demora um instante para Isabela responder. 
   — Então por que você não vem aqui pra casa enquanto eles não chegam? 
   — Sei, não, Isa. Ele parecia estar querendo ter um papo sério, acho melhor eu esperar ele aqui em casa mesmo. 
   — Hum — Isabela soa desconfiada. — Então tá. 
   — Tchau — se despede Felipe.
   — Tchau.
Eles desligam e Victor diz:
   — Você não consegue mentir pra ela. 
   — Claro que consigo — fala Felipe ainda fitando o celular. 
   — O Victor tem razão — opina Yasmin. — A Isabela é boazinha, mas não é burra.
   — Foi uma mentira por uma boa causa — Felipe tenta se convencer. Victor e Yasmin se olham, notando o quanto Felipe está preocupado, e a loirinha pergunta:
   — Tem certeza que você quer seguir em frente? 
   — Óbvio — responde o seu irmão com firmeza. 

Entre as cobertas de sua cama, Isabela conversa com sua cadelinha Nina, que está deitada em suas pernas.
   — Tem alguma coisa acontecendo com o Felipe, ele tava tão estranho. O que eu não entendendo é por que ele teria que mentir pra mim? Porque eu tenho certeza que ele mentiu... ou então ele não quer me ver. Será que ele acha que a gente tem passado muito tempo juntos? Será que é isso, Nina? — Ela fita a cachorrinha por um tempo e conclui: — Não, não é isso! O Felipe me ama e o nosso namoro está bem... Se não é isso, o que está acontecendo? 

Quando estão retornando para a sala, depois do jantar, Rogério fala para todos:
   — Vocês não se importariam de eu e o Chay irmos tomar um café no meu escritório, né?
   — Não — responde Joana.
   — Sem problemas — diz Mel sorrindo de mãos dadas com Chay. Breno e Everton não respondem e sentam em um sofá. 
   — Então vamos lá, Chay — chama Rogério. O cantor dá um beijo na mão de Mel e some no corredor junto com o dono da casa.
   — Como vocês conseguem continuar tão apaixonados assim depois de tantos anos de casamento? — pergunta Joana rindo enquanto senta em uma poltrona na sala.
   — Nem eu sei — Mel responde de forma evasiva e elas riem. A empresária cruza as pernas e olha para baixo, querendo que o tempo passe voando para que ela possa voltar para casa. 

Quando já estão satisfeitos, Marina e Vinícius abandonam a pizza e começam a se beijar.
   — Beijo com gosto de pizza — ela comenta. — Muitos achariam nojento.
   — Eu amo pizza mesmo — responde Vinícius e eles riem. 
   — Vem cá! — Marina levanta e de mãos dadas com o namorado caminha até o banheiro. Vinícius se surpreende ao ver como o cômodo está belo e a banheira ainda mais.
   — Uau! — exclama. Marina se vira para ele e sorrindo, volta a beijá-lo. Vinícius coloca as mãos na cintura dela e caminha até que Marina esteja com as costas apoiada na pia. Ele leva uma mão até a nuca dela, aprofundando o beijo. Marina dá uma mordidinha no lábio dele e retribui o beijo quente. A intensidade do afeto vai aumentando e ela coloca uma das mãos dentro da regata dele, erguendo levemente a blusa. O gesto confirma a Vinícius as intenções dela e ele tira a peça. 
   — A academia está fazendo efeito — comenta Marina olhando para o tórax dele. — Só não deixa de ser o meu magrelinho fofo, tá? 
   — Eu prometo — diz Vinícius sorrindo, deixando a morena encantada. Vinícius puxa Marina para ainda mais perto e volta a beijá-la. Entre o beijo, ele abaixa a alça do vestido dela e passa a dar mordidinhas no ombro dela, a deixando arrepiada. Marina afasta o próprio cabelo do rosto de Vinícius, deixando a área livre para as carícias dele e deixa suas mãos caírem até o cós da bermuda do garoto, desabotoando o botão e abrindo o zíper. Vinícius para de beijar a brasileira/americana e tira o sapato e a bermuda. Marina apoia as mãos na pia e analisa o corpo do namorado, ficando sem ar. Vinícius se endireita e sorri para ela, dizendo:
   — Obrigada. 
   — Pelo o quê? — pergunta Marina envolvendo os ombros deles com seus braços.
   — Por essa noite maravilhosa. 
   — Me agradeça amanhã. 
O sorriso dele aumenta e eles se beijam. Marina abaixa a outra alça de seu vestido e ele cai de seu corpo, expondo a lingerie preta que ela escolheu com tanta atenção. Vinícius acaricia a cintura dela e sorri entre o beijo. Se sentindo confiante, a morena leva as mãos até as costas e solta o sutiã. 

No restaurante, Yasmin observa que Jonas e Anabela pediram a sobremesa. 
   — Gente, vamos pedir a conta. 
   — Já? Mas a gente nem comeu a sobremesa — reclama Victor.
   — Larga de frescura — diz Yasmin e ri levemente, mas logo fica séria. — Nós temos que sair antes deles para ter certeza de que eles não vão ver a gente e também temos que fotografar a saída deles de longe. 
   — Ok, então vamos pedir a conta — fala Felipe levantando a mão para chamar o garçom. Depois de Felipe e Victor racharem a conta (Yasmin deixou bem claro que não ia gastar nenhuma parte de sua mesada), os três deixam o restaurante. Enquanto aguarda para atravessar a rua com os irmãos Borges, Victor abraça Yasmin e dá um beijo no canto da boca dela. 
   — Você fica linda morena, sabia? — sussurra no ouvido dela. 
   — Prefiro continuar loira — ela responde baixinho. Felipe nota que eles estão conversando e se sente desconfortável ali. 
   — Você desse jeito, versátil, pode realizar a fantasia de vários homens, sabia? 
   — É? 
   — Aham — confirma Victor dando uma mordidinha no lóbulo da orelha dela. 
   — Sabe o que eu não sabia?
Victor ri por causa da frase e pergunta:
   — O quê?
   — Que você sabia o que é versátil. 
O loiro gargalha e dá um beijo na bochecha dela.
   — Bobona! — fala normalmente. Os três atravessam a rua e entram no carro de Arthur. Instantes depois, Jonas e Anabela saem do restaurante e Yasmin os fotografa. 
   — Seria legal se eles se beijassem — comenta Victor. 
   — É mesmo — concorda Felipe. Como se ouvissem as palavras dos garotos, Jonas e Anabela dão um beijo. No carro, os três comemoram e Yasmin tira uma sequência de fotos. 
   — O santo de vocês é forte — ela diz sorrindo. — O diretor vai amar ver isso. 

Nus dentro da banheira, Marina e Vinícius se beijam. Ela está sentada na frente dele, com as costas apoiada no peito do jovem. Vinícius dá beijos na nuca dela enquanto ela acaricia sua coxa sob a água. Em seguida, ela se arrasta até o outro lado da banheira e senta de frente para ele. Os dois entrelaçam suas pernas e ficam se olhando silenciosamente. Marina tira uma mão da água e sinaliza com o dedo indicador para que Vinícius se aproxime. Ele faz o que ela quer e segundos depois está sobre ela. Sem perder o contato visual, ele morde levemente o lábio inferior dela. Marina sorri e segura com firmeza nos fios de cabelo acima da nuca dele antes de beijá-lo profundamente. Por sob a água, as pétalas de rosa e a espuma, Vinícius acaricia todo o corpo dela e Marina suspira de prazer. 
   — Eu — ela pronuncia dando um selinho nele — te amo. 
   — Eu também, a cada dia mais. 
Vinícius, com rapidez, inverte as posições e coloca Marina em seu colo. Ela afasta um pouco o tronco do dele no momento em que seus corpos se unem. Sua cabeça cai para trás e ela solta um gemido de prazer. Vinícius, sentindo as mesmas sensações que ela, morde um dos lábios e acaricia o rosto dela, encantado com seus traços, em sua opinião, perfeitos. Marina se move até o outro lado da banheira novamente, levando Vinícius consigo. Ele segura na cintura dela com firmeza e Marina fecha os olhos, querendo guardar todas as sensações daquele momento para sempre. Cada parte do corpo deles estão unidas e vibrando de paixão. 
   — Please — ela pede no ouvido dele —, don't stop. 

As portas do carro de Chay batem quando ele e Mel finalmente retornam ao veículo. Ela coloca o cinto de segurança, dizendo:
   — Pensei que essa noite não fosse acabar nunca. 
Chay vira o tronco para ela e agradece:
   — Obrigada por ter vindo comigo essa noite. — Ele sorri. — O Rogério fechou negócio.
   — Sério? — Um sorriso de satisfação surge no rosto de Mel. — Parabéns. 
   — Eu não teria conseguido sem você — diz Chay pegando na mão dela. Mel olha para os seus dedos entrelaçados com os de Chay e ergue o olhar para fitar o rosto dele.
   — Claro que teria. 
   — Não, é sério. Ao seu lado eu sou melhor. Sabe o que o Rogério me disse no escritório dele? 
   — O quê?
   — Que nós dois formamos um casal espetacular. 
O interior do carro mergulha em um silêncio profundo e Chay se aproxima lentamente de Mel. Com a respiração acelerada, ela recebe os lábios de Chay nos seus e fecha os olhos. Os dois se beijam calmamente, saboreando cada segundo dessa troca de amor. 

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