Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 131: Yasmin, Victor e Marina se unem contra Jonas


Yasmin interrompe o beijo abruptamente.
   — Perai, você disse que não sabia que namorava uma bad girl? Desde quando a gente está namorando, Mr. Victor?
O loiro gargalha.
   — Força do hábito. 
Yasmin ri e dá um beijo nele. 
   — Até o final do dia nós temos que ter uma ideia montada — fala após o beijo.
   — Pode deixar. 
A loirinha sorri alegremente e levanta do degrau.
   — Vamos conversar com o pessoal?
   — Eles devem estar namorando — diz Victor. — A gente deveria ficar aqui.
   — Eu não estava falando do Vini, da Marina, da Isa e do Felipe.
   — Você quer dizer o pessoal da sala? 
   — Sim, e o resto do colégio. 
Victor franze a testa.
   — Não estou entendendo aonde você quer chegar.
Um sorriso audacioso surge no rosto de Yasmin, que diz:
    Toda rainha precisa de um rei. 
   — Desde quando você é a rainha do colégio? — ele pergunta se levantando.
   — Desde muito antes de você pisar aqui no Brasil. — Ela pega na mão dele e começa a descer a escada. — Eu ainda tenho que ir lá na coordenação.
   — Pensei que você fosse estar mais quietinha hoje.
Yasmin engole um choro que ameaça se formar e diz com confiança:
   — A vida não pode parar. 

Encostada no balcão da lanchonete, Marina come um sanduíche enquanto Vinícius está no banheiro. Quando ele retorna, ela comenta com ele:
   — Tem vezes que eu me sinto um peixe fora d'água.
   — É, por quê?
   — Olha disfarçadamente para aquelas garotas ali atrás.
Vinícius se apoia no balcão, com as costas apoiadas na material. Ele olha despreocupadamente para o pátio em redor da lanchonete, vendo o grupo de meninas que Marina disse.
   — O que é que tem? — pergunta voltando a fitar a namorada.
   — Elas ficaram me olhando o tempo todo enquanto eu estava comendo. 
   — Ah, deve ser porque você é você.
   — Como assim?
   — Primeiro, você é filha do Arthur e da Lua; Segundo, você morava nos Estados Unidos, sonho de todas elas; E terceiro, você é super estilosa. Ah, sem contar o fato que você já foi líder de torcida.
Marina ri com incredulidade.
   — Você está brincando comigo?
   — Claro que não, é verdade. 
Marina olha de relance para as meninas.
   — Estou me sentindo em um zoológico, sendo analisada por elas.
   — Isso é normal. Elas são do primeiro ano, sempre é assim. Elas ficam encantadas quando vê os filhos de famosos que estudam aqui. Já me acostumei!
Marina ri.
   — Eu não.
Ele passa um braço pela cintura dela.
   — Relaxa, até o final do ano você já está acostumada. 
   — Mudando de assunto, posso ir na sua casa mais tarde?
   — Óbvio.
   — Ok, but this time — ela se interrompe e fecha os olhos lentamente. Depois de respirar fundo, diz: — Dessa vez não vai ser pra gente namorar. 
   — Why?
   — Because, i... need talk portuguese.
   — And?
Marina suspira.
   — Falando sério, eu preciso falar português e se você continuar conversando comigo em inglês não vai ajudar muito.
   — Ok, sorry — ele ri. — Brincadeira. Desculpa.
Marina coça a cabeça.
   — Eu estou preocupada desde o primeiro tempo.
   — Por quê?
   — Por causa da prova de português que a professora marcou.
   — Relaxa, você vai se sair bem. Desde que você chegou tem falado boa parte do tempo em português. 
   — Eu sei. O problema não é falar, é escrever. O português tem tantas regras e eu não sei a maioria. Eu não sei se algumas palavras são com "L" ou com "U", com "G" ou com "J" sem contar os acentos que não entram muito bem na minha cabeça. 
   — Marina, você vai se sair bem! — ele diz com convicção. — Você já está errando bem menos na ortografia. 
   — Tem uma frase que o meu professor particular brasileiro sempre dizia para mim e para o Victor que não sai da minha cabeça.
   — Qual?
   — Você vai mesmo dominar o português quando não precisar traduzir a frase para o inglês antes de responder. 
   — Você faz isso? — ele pergunta com espanto.
   — Claro. Enquanto você fala eu traduzo para o inglês para conseguir entender bem.
   — Você pensa rápido, hein!
   — É natural. O Victor, às vezes, consegue não traduzir, mas eu não. É impossível!
   — Não, nada é impossível. Você só precisa de prática, entendeu?
   — Mais prática do que eu estou tendo? Estou quase arrancando os meus cabelos. Sabia que tem explicações que eu não entendo direito? 
   — Por quê?
   — O professor começa a falar muito rápido e eu não consigo pegar as palavras e traduzir no tempo normal e fico sem entender algumas frases. 
   — Eu não sabia disso, Mari. Por que você não pede para repetir?
   — Porque eu não quero atrapalhar a aula. Ele teria que explicar umas três vezes para eu entender completamente. 
   — Vamos fazer o seguinte, mais tarde a gente esclarece todas as dúvidas nas matérias, pode ser?
   — Era exatamente isso que eu ia te pro... pro...
   — Propor?
   — Yeah! — ela responde rapidamente. — Sim! 
Vinícius dá um beijo na bochecha dela.
   — Você vai conseguir tirar nota boa, confia em mim. 

Isabela termina de comer sua barrinha de cereal silenciosamente, sentada em uma cadeira ao lado de Felipe. Os olhares dos dois caem sobre Yasmin e Victor que entram imponentes na lanchonete e caminham até um grupo de alunos do terceiro ano B. 
   — Demorou, mas a Yasmin está apresentando o mundo dos populares para o Victor — diz Felipe.
   — Até que demorou demais para ela fazer isso.
Eles voltam a olhar para o casal de loiros que conversam animadamente com os outros alunos. Minutos depois, Yasmin levanta da cadeira em que estava, dizendo:
   — Tenho que ir na coordenação rapidinho.
   — Quer que eu vá com você? — pergunta Victor.
   — Não, não precisa.
Yasmin deixa a lanchonete, caminha rapidamente pelo corredor, desce a escada e vai para a coordenação do colégio. 
   — O que deseja, senhorita Borges? — pergunta uma das secretárias.
   — Eu gostaria de falar com um dos coordenadores. 
   — Eles estão em uma reunião com o diretor no momento.
   — Você sabe se vai demorar?
   — Não, em alguns minutos eles já estarão disponíveis. 
Yasmin sorri adoravelmente.
   — Eu vou esperar, tudo bem?
   — Claro.
Yasmin, ainda sorrindo, caminha até uma fileira de cadeiras acolchoadas e senta em uma delas. Instantes depois, a secretária com quem conversou, levanta e sai do cômodo. A loirinha olha para as outras duas secretárias, uma delas está conversando ao telefone e a outra mexendo concentradamente no computador. Ela fita a porta da sala de reuniões e a porta ao lado, a da sala do diretor.
   — Por que não ir direto ao superior? — fala baixinho para si mesma e levanta discretamente. Ela caminha sem ser notada e entra na sala do diretor. O espaço é arejado, com uma parede de vidro com vista para um jardim de inverno. 
   Após sentar em uma das poltronas pretas em frente a mesa do diretor, Yasmin passa a fitar os itens da mesa dele. Um objeto chama a sua atenção: o porta-retratos da família dele, em especial uma jovem loira.
   — A filha do diretor — diz a loirinha com uma ideia surgindo em sua mente.
A porta se abre abruptamente e ela se assusta.
   — O que a senhorita está fazendo aqui? — pergunta Joaquim, diretor do colégio.
   — Vim falar com o senhor, diretor — fala Yasmin se recuperando do susto. Um sorriso inocente surge nos lábios dela e uma feição angelical torna o seu rosto ainda mais encantador. 
   — Sobre o quê? — questiona Joaquim se sentando em sua poltrona.
   — Sobre as aulas de ballet do colégio. Quando elas irão retornar? 
   — Nós estamos procurando uma nova professora, pois a antiga recebeu uma proposta de trabalho na França. Por que a senhorita quer saber? Nem fazia ballet ano passado.
   — Pois eu estou interessada nas aulas. Como o senhor deve se lembrar, eu fazia antigamente. 
   — Sim, eu me lembro. 
   — Então, tem alguma previsão para o retorno das aulas?
   — No máximo quinze dias. Nós estaremos passando informações para os alunos em breve. 
   — Aos alunos ou as alunas?
   — Aos alunos — responde Joaquim dando um leve sorriso. — A partir desse ano o ballet vai ser unissex. 
   — Até que enfim esse colégio deixou de ser machista! — comemora Yasmin, mas logo se recompõem. — Desculpe, diretor. — Ela sorri adoravelmente e levanta. — Vou aguardar informações. 
Yasmin anda até a porta, onde para repentinamente. 
   — Ah, muito bonita a sua família — elogia olhando para o porta-retratos e sai antes de ouvir a resposta de Joaquim. Ela deixa a sala do diretor sob o olhar de surpresa da secretária que a atendeu e vai quase correndo de volta para a lanchonete. Victor está conversando sobre New York com os novos colegas quando Yasmin se aproxima.
   — Eureca! — ela diz para ele. 
   — Como é? — pergunta o loiro franzindo a testa. 

Samuel está deixando o banheiro quando cruza com Maria Luíza.
   — Ei — ela diz pegando no braço dele. — Queria mesmo falar com você.
   — Sobre?
Malu sorri.
   — Eu juro que não sei o que aconteceu comigo hoje, mas eu estou de ótimo humor e decidi retribuir o que você já fez comigo.
   — Peraí, como é? — ele questiona franzindo a testa. — Não entendi nada!
Os dois começam a caminhar lado a lado pelo corredor do primeiro andar.
   — Eu conheci um rapaz em um barzinho esses dias atrás, quando sai com a Mayara e uns amigos dela e ele me contou que toca em uma banda. Por sorte, ele estava com um cd do grupo e me deu. Você precisa ouvir! Eles são f*das.
   — Você converteu para mp3? — pergunta Samuel com interesse.
   — Aham, está tudo no meu celular. 
Ele sorri.
   — Então o que você está esperando para me mostrar?
Eles riem e Malu pega na mão dele.
   — Vamos pegar o meu fone lá na sala!
Os dois passam rapidamente por Mayara, que está conversando com Laís e Maísa, e ela olha diretamente para as mãos unidas deles. 

As horas voam e a noite se aproxima. 
Anelise checa os últimos detalhes de sua produção para o jantar na casa de Maristela, a colega de trabalho de Bernardo. 
   — Estou pronta — diz minutos depois aparecendo na sala. — Vamos?
Bernardo levanta do sofá.
   — Você está linda.
   — Obrigada — ela responde sorrindo. Eles dão um beijo curto e saem. No carro, Anelise comenta:
   — Estou louca para conhecer essa sua colega de trabalho.
Bernardo ri.
   — Se comporte, mocinha.

O quarto de Yasmin está totalmente iluminado, com a lâmpada acesa, os abajures e até as velas decorativas. Victor está sentado no meio na cama com os pés no chão.
   — Essa é sua ideia? — ele pergunta para Yasmin que caminha de um lado para o outro em sua frente.
   — Sim. É ótima não é? 
   — É excelente, mas como a gente vai fazer o diretor pegar a filha dele transando com o Jonas?
Yasmin sorri.
   — Eu já pensei em tudo. — A loira volta a caminhar. — Nós vamos invadir o twitter da filha do diretor, mandamos uma dm para o Jonas marcando um encontro e deixamos bem claro que é para ele fingir que está conhecendo ela ali, pela primeira vez. 
   — Isso vai dar certo? — pergunta Victor interrompendo a explicação dela. 
   — Claro que vai. Ele vai pensar que é uma fantasia dela ou algo do gênero. Enfim — ela prossegue —, nós entramos em contato com ela, marcando o encontro.
   — Quem garante que eles aparecerão? — Victor interrompe novamente.
   — Que garoto perderia um encontro desses? E ela — Yasmin ri — bom, a fama que ela tem não é muito boa.
   — Ela é igual a você?
   — Como é? — ela pergunta parando mais uma vez.
   — Como vocês dizem aqui mesmo... piriguete? — Victor ri.
   — Vai se f*der, moleque! Então, os dois irão. Quando chegar lá, o Jonas vai jogar o seu charme sobre ela e a garota vai cair. Quando eles escolherem o lugar, nós mandamos para o diretor uma mensagem dizendo o local... Depois é só ver o circo pegar fogo.
   — Isso quer dizer que nós vamos estar lá?
   — Óbvio! Eu não perco essa por nada. 
Victor revira os olhos e sorri. Yasmin senta no colo dele, dizendo:
   — Eu sou ou não sou genial?
   — Até que não é das piores ideias — ele responde passando os braços em torno da cintura dela.
   — É uma pena que o Jonas nunca vai poder saber que foi a gente que armou isso.
   — A gente pode provocar ele, não tem como provar que foi nós.
Yasmin sorri ainda mais.
   — Como é bom o gosto da vingança.
Victor joga ela na cama com rapidez, ficando sobre ela e a beija intensamente. Depois de alguns minutos Yasmin interrompe o beijo, sem ar. Victor diz:
   — Sabe o que realmente é bom? O gosto do seu beijo.
Ela sorri e o beija mais uma vez. 
   — Por que todas as luzes do seu quarto estão acesas? — pergunta Victor entre os beijos.
   — É pra dar ideias — responde Yasmin e eles riem.

O portão da mansão dos Castro se abre e Graziele sai. Ela dá uma volta na frente de Thiago e pergunta:
   — Estou com a roupa adequada?
Um sorriso malicioso surge no rosto de Thiago.
   — Mais adequada impossível. 
   — Aonde a gente vai? Você só disse que era pra eu usar uma roupa preta e discreta. Vamos roubar um banco? — Ela ri enquanto pergunta.
   — Não, mas vai ser uma coisa proibida. 
   — Ilegal?
   — Sem perguntas, Grazi. Entra no carro.
A ruiva olha para o carro preto que os pais de Thiago disponibilizaram para ele com desconfiança. 
   — Pra onde a gente vai? — insiste em saber.
   — Você não vai se arrepender — promete Thiago. — Agora vamos, por favor!
   — Thiago, se você me meter em encrenca eu nunca mais olho na sua cara, entendeu? E os meus pais te matam.
   — Confia em mim.
   — Eu sempre confio, mas acabo me ferrando.
   — Se ferrando?
   — É, você sempre me leva naquelas festas. 
   — Essa noite não vai ter festa, vai ser só você e eu.
Graziele lança um olhar cortante na direção dele.
   — O aviso foi dado — diz entrando no carro. Antes de entrar, Thiago confere as latas de tinta spray que estão em sua mochila. 

Yasmin interrompe o beijo e empurra Victor, que cai ao seu lado na cama.
   — Só tem um porém — diz ajeitando o cabelo.
   — Que porém?
   — Pra que o plano dê certo, nós temos que invadir o twitter da filha do diretor e eu não sei fazer isso. Você sabe?
   — Não, mas uma pessoa que eu conheço, sim.
   — Alguém dos seus amigos americanos? — ela tenta adivinhar. 
   — Não, minha little sister. 
O queixo de Yasmin cai.
   — A Marina sabe hackear twitter? — pergunta com descrença.
   — Não só twitter, mas coisas muito mais protegidas. Ela é — ele busca a palavra — f*dona nisso. 
   — Nós estamos falando da Marina líder de torcida? — Yasmin permanece de queixo caído. 
   — É, cara! O ex dela, o Brian, ensinou tudo pra ela. 
   — Tô chocada! Ela vai querer ajudar a gente?
   — Ela adora mexer com isso.
   — Ok, vamos falar com ela? — pergunta levantando da cama.
   — Agora?
   — Sim — diz Yasmin pegando um par de sapatilhas em seu closet. — Eu ouvi o Vinícius comentando que ia estudar com ela hoje a noite na casa do Chay e da Mel. A gente tem que falar com ela antes que ela vá para a casa dele. — Ela abre a porta do quarto. — É importantíssimo que ela mantenha segredo, até para o Vinícius.
   — Por quê? — pergunta Victor ainda deitado na cama.
   — Porque o Vinícius é igual a Isabela, acredita que vingança não é certo. Aqueles dois são os santinhos do grupo, entendeu? Agora vamos! — diz batendo o pé.
   — Precisa mesmo ser agora?
   — Victor!? Anda! O que você quer ficar fazendo aí?
   — Sério que você não faz nenhuma ideia? — ele pergunta sorrindo maliciosamente. Yasmin retribui o sorriso e diz:
   — Se tudo der certo com o Jonas, você terá o que quer.
   — O que você quer dizer com isso?
   — Estou cansada de ficar só nos beijos. Agora anda logo — diz saindo do quarto. Victor pula da cama e esfrega as mãos enquanto caminha para fora do cômodo.
   — Como dizem aqui... Êlaiá.
Yasmin está descendo as escadas e Felipe subindo. 
   — Eu queria mesmo falar com você — diz o moreno. A sua irmã para em sua frente, perguntando:
   — O que foi?
   — A Isa está precisando do nosso apoio. Não só ela, o Vinícius também.
   — Isso tem a ver com o clima estranho de hoje cedo, não é?
   — Sim.
   — O que aconteceu? — pergunta Yasmin no instante em que Victor para atrás dela.
   — A Mel e o Chay estão se separando.
   — Como é?
   — É isso mesmo.
   — Eles não acabaram de chegar de uma viagem romântica? — pergunta Victor com curiosidade.
   — A viagem foi para tentar acertar as coisas, mas não deu certo.
   — Estou chocada — diz Yasmin. — O casamento deles era perfeito.
   — Perfeição não existe — fala Felipe. — Assim que puder, fala com a Isa, ok?
   — Tá, é claro.
Felipe passa pelo casal de loiros e vai para o primeiro andar. Yasmin olha atônita para Victor.
   — Por essa eu não esperava.
   — Nem eu. Você quer ir para a casa da Isa?
   — Não, primeiro nós vamos para a sua casa falar com a Marina, depois eu passo lá. Agora vamos!
Os dois descem a escada com rapidez.

O medo vai se alojando em Graziele conforme ela vai observando a paisagem do lado de fora do carro mudar. As ruas vão ficando mais escuras, as casas mais humildes e o asfalto menos regular. 
   — Thiago, pra onde a gente tá indo?
   — Relaxa. 
   — Como eu vou relaxar? Você está me levando pra periferia!
   — Olha o preconceito. 
Graziele bufa e apoia a cabeça na janela.
   — Grazi — chama Thiago se arrastando até ela. — Vai ser legal.
   — Me fala pra onde a gente está indo — ela choraminga, tentando mudar sua tática. Thiago sorri e dá uma mordidinha no lábio inferior dela. 
   — É surpresa.
   — Eu não gosto de surpresa.
   — Dessa você vai gostar.
   — Sai — pede empurrando ele e Thiago ri se afastando. 

O carro de Bernardo para em frente ao prédio em que Maristela mora. A morena olha pela janela para o condomínio.
   — Ela mora bem, né? 
   — Sim — diz o médico desligando o motor. — Vamos?
   — Claro. Estou doida pra conhecer a fofa da Maristela — responde Anelise descendo do carro. Bernardo ri e também sai. De mãos dadas, eles entram no prédio e no elevador se encontram com um colega de trabalho de Bernardo.
   — E aí, cara — diz o homem. — Pensei que você não fosse vim.
   — Aqui estou eu — responde Bernardo e eles riem. — Essa aqui é a minha esposa, Anelise. Ane, esse é o Gabriel, enfermeiro lá do hospital. 
Anelise e Gabriel apertam um a mão do outro.
   — Prazer — diz ela sorridente.
   — O prazer é meu — ele responde educadamente. — É um espanto conhecer a mulher do Bernardo pessoalmente, sempre acreditei que não tinha se casado. Agora acredito que tem louco pra tudo.
Os três gargalham.
   — Você não foi em nosso casamento? — pergunta Anelise não recordando do rosto de Gabriel. 
   — Não, eu estava de plantão. 
   — Entendo essa correria de médico. 
O elevador chega ao andar de Maristela e eles descem. Juntos, caminham até o apartamento da médica e Bernardo toca a campainha.
   — Boa noite! — cumprimenta Maristela abrindo a porta. Anelise estreita o olhar, analisando a mulher. 

De roupão, Marina sai de seu banheiro e se assusta quando Victor e Yasmin invadem o quarto.
   — O que vocês estão fazendo aqui? — pergunta a morena conferindo se o roupão está escondendo suas partes íntimas. 
   — A gente precisa conversar com você — Victor responde fechando a porta.
   — Esperem eu me vestir. — Marina vai para o seu closet. Yasmin e Victor sentam em um mini sofá vermelho ao lado da estante de livros da irmã do rapaz. Instantes depois, Marina retorna usando um vestido longo preto.
   — O que é?
   — A gente veio pedir pra você hackear um twitter pra gente — responde o seu irmão. Marina gargalha.
   — Por que eu faria isso por vocês?
   — Não é pela gente, é pelo meu irmão — diz Yasmin.
   — O Felipe também não merece tudo isso. 
   — Marina, para de se fazer de difícil — pede Victor com impaciência. 
   — O twitter de quem vocês querem invadir?
   — Da filha do diretor do colégio — responde a loira.
   — Por quê? 
Yasmin e Victor se olham e a jovem começa a contar a história do plano contra Jonas. No final, Marina diz sorridente:
   — Que honra fazer parte disso!
   — Mas não pode contar pra ninguém — alerta Yasmin. — Nem para o Vinícius.
   — Por que não?
   — Porque ele vai tentar impedir, ele é muito bonzinho pra ficar do nosso lado nessa. 
   — Ok, então — diz a morena depois de um suspiro. — Eu fico com a boca calada. 
   — O mais rápido possível, tá?
   — Pode deixar. — Marina levanta da sua cama. — Tenho que ir para a casa do Vini.
   — Eu vou com você — diz Yasmin. 
   — Eu não vou namorar, mas mesmo assim não te quero de vela — fala a morena pegando sua mochila. 
   — Não vou para ficar com vocês, sua besta. Quero falar com a minha amiga. 
   — Então anda logo — diz Marina caminhando até a porta. 
   — Eu vou ficar por aqui mesmo — fala Victor sorrindo. 
   — Até amanhã. — Yasmin dá um selinho nele e levanta do mini sofá.
   — Não é pra ficar no meu quarto — diz Marina antes de sair com a loira. Sozinho no quarto da irmã, Victor diz:
   — Jonas, se cuide, porque a gente vai tirar seus dias de paz. 


Comentários

  1. adooorei,posta mais.To ansioosa

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  2. Amei!!! Posta mais, esperando anciosamente!!

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  3. @MelphiaThucas/putzchamel : Yasvi malévolos , malu e Samuel <3

    ResponderExcluir
  4. @MelphiaThucas/putzchamel : Yasvi malévolos , malu e Samuel <3

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  5. Cara, vc escreve muito bem!! Tem talento pra escritora; já pensou se seu imagine visse livro?! Até eu sonho com isso, essa é a minha felicidade clandestina rsrs.
    Gostaria de te perguntar uma coisa Rê, vai ter 5 temporada, tipo
    continuação?! Espero que sim!
    Bjs, sua leitora mais fiel! *-*

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