Imagine ChMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 43: Yasmin e Victor resolvem namorar as escondidas

Imagine ChaMel - Filhos

Isabela e Felipe passam minutos se beijando, em um determinado momento ele se afasta, dizendo:

   — Caramba, quase me esqueci do motivo de ter marcado tão cedo.

   — Eu pensei que você tivesse feito isso porque todo mundo estaria dormindo essa hora — diz Isabela.

Felipe concorda com a cabeça.

   — Também, mas foi mais por causa de uma coisa que eu quero que você veja. 

   — Que coisa? — Isabela pergunta curiosa.

   — Vem comigo! — Felipe pega na mão dela e com a mão livre pega Mary, o violão, no chão. Ele começa a caminhar na direção das árvores, indo para oeste.

   — Felipe, o caminho de volta fica para lá — diz Isabela apontando para o sul.

   — Eu sei, é que eu quero que você veja uma coisa.

Isabela desvia de algumas pedras no chão, acompanhando o passo apressado de Felipe.

   — Que coisa?

   — Surpresa. — Felipe olha para ela com um sorriso nos lábios. Isabela também sorri e continua deixando Felipe a arrastar pela mata. 

Depois de uns cinco minutos caminhando, Isabela começa a reclamar.

   — Vai demorar para a gente chegar nesse lugar aí?

   — Já tá cansada?

   — Não é cansaço, é fome.

Felipe sorri.

   — Eu devia ter pensado em trazer alguma coisa pra gente comer.
Isabela para e segura o braço de Felipe.
   — A minha fome é só um detalhe, o que importa é que tudo está perfeito. A gente está junto — ela sorri — e eu nem estou acreditando que isso esteja mesmo acontecendo.
   — Nem eu! — Felipe cruza os braços em torno da cintura dela. — É tão perfeito que parece um sonho.
   — Se for um sonho eu prefiro continuar dormindo pra sempre.
   — Não é um sonho.
Felipe inclina a cabeça e beija Isabela novamente. 
   — Essa é uma prova de que não é um sonho. 
Isabela sorri e diz:
   — Vamos voltar a caminhar para a surpresa? 
Felipe ri e pega na mão dela.
   — Claro!
Os dois voltam a caminhar. 

Em sua cama, Yasmin se mexe e abre os olhos lentamente, bocejando.  Ela olha para o lado e vê a cama de Isabela vazia, depois se inclina e encontra Vinícius deitado em um colchão no chão.
   — Ai que sonho maravilhoso!
Ela toca nos lábios e sorri. 
   — Foi tão real que eu poderia ter jurado que aconteceu. Eu e o Victor dançando who you love, depois a gente se beijando. — Ela fecha os olhos. — Ai, pena que foi só um sonho!
Yasmin levanta e vai para o banheiro. 

Felipe para em um momento e olha para Isabela.
   — Fecha os olhos — ele pede.
   — Por quê?
   — Faz parte da surpresa, né! Vai, fecha os olhos.
   — Eu não vou fechar os olhos, depois eu tropeço aí. Nem pensar!
Felipe ergue o queixo de Isabela com um mão.
   — Você acha que eu deixaria você cair? 
Isabela dá de ombros.
   — Não sei.
   — Claro que não, sua boba. Confia em mim e fecha os olhos.
Isabela continua hesitante. Felipe passa um braço nos joelhos dela e outro nas costas, a tirando do chão.
   — Me põem no chão, Felipe! — pede Isabela com medo de cair.
   — Agora você tá no meu colo, não tem como tropeçar, dá pra fechar os olhos?
Isabela dá um sorriso, dizendo próximo a boca de Felipe.
   — Você é terrível!
   — É você quem me deixa assim.
Eles dão um selinho e Isabela finalmente fecha os olhos. 

Yasmin sai do quarto e começa a caminhar lentamente pelo enorme corredor, sonolenta. Victor entra no corredor, vindo da sala. Os dois diminuem o passo ao se verem. Yasmin respira fundo e continua caminhando na direção de Victor. Quando eles estão a poucos passos um do outro, Victor dá um sorriso. Yasmin não resiste e retribui. 
   — Dormiu bem? — ele pergunta.
   — Como uma pluma e você?
   — Muito bem. — Victor sorri. — Seria difícil ter um sono ruim depois daquela noite maravilhosa. 
Yasmin começa a duvidar de sua mente. 
   — Noite maravilhosa? — ela pergunta, se lembrando do seu "sonho".
   — É, você não lembra? — pergunta Victor incrédulo.
Yasmin pensa um pouco e depois sorri.
   — Você tá querendo dizer que a gente se beijou ontem?
   — Sim, na pista — responde Victor tranquilamente.
   — Meu Deus! Eu pensei que tivesse sido um sonho.
   — Achou tão bom assim? — Victor fala com um sorriso cafajeste nos lábios.
   — Foi — admite Yasmin sem hesitar. 
O sorriso dele aumenta e sua mão percorre o rosto de Yasmin, que fecha os olhos, sentindo o toque dele.
   — Você ama quem você ama — ele repete a letra da música. — E eu acho que te amo — sussurra.
Yasmin abre os olhos rapidamente, vendo rosto de Victor bem próximo do seu.
   — Você o quê?
   — Eu acho que te amo, Yasmin — repete Victor.
   — Você só pode tá brincando. Garotos como você não se apaixonam por garotas como eu.
   — Por que não?
   — Vocês são galinhas e não costumam se apaixonar por meninas que ficam com vários. Quando se apaixonam é pela garota fofinha e santinha. 
   — Garotas como a Isabela?
   — Sim, garotas como a Isabela — concorda Yasmin.
   — O que eu posso fazer se não me apaixonei pela Isabela, e sim por você?
   — Me esquece! É o melhor para nós dois.
   — Eu já tentei te esquecer, não deu certo.
   — Talvez porque você não tenha tentado direito.
   — Por que é tão difícil pra você ver que o que existe entre nós dois não é só uma amizade colorida? — Victor eleva a voz.
   — Eu vejo isso, só não concordo.
   — Por que não?
   — Porque eu não quero namorar um garoto como você, Victor. Pronto falei!
Victor dá um passo para trás, se afastando de Yasmin.
   — O quê?
Yasmin continua firme.
   — Garotos como você não nasceram para namorar. Você não vai conseguir ser fiel à mim. Quando chegar em alguma balada, não vai conseguir se controlar e vai me trair. Eu não nasci para ser traída!
   — Você é insegura! — dispara Victor.
   — Insegura, eu? — Yasmin ri.
   — Insegura, sim! Você tem medo de se arriscar e prefere nem tentar. Eu já disse pra você que nunca senti nada parecido por alguém e você prefere fingir que não acredita. Sabe por que eu continuo insistindo nisso? Porque eu não consigo te tirar da cabeça. Ontem, quando a gente se beijou, foi incrível, foi sem dúvida o melhor momento da minha noite. E parando pra pensar, os melhores momentos que eu passei aqui no Brasil foram ao seu lado. Você é a maluca que eu preciso na minha vida, estou disposto a abrir de todas só pra ficar com você. — Victor suspira e olha para baixo. 
Yasmin fica em silêncio por alguns minutos, depois diz:
   — Tudo bem, você venceu!
Victor ergue a cabeça.
   — O que você quer dizer com isso? — pergunta com um brilho nos olhos.
   — Você me convenceu de que vale a pena tentar. Eu estou gostando de você a cada dia mais e toda vez que te vejo — ela respira fundo — sinto um enorme vontade de me jogar no seus braços e te beijar até ficar sem ar. Você mexe comigo de uma forma que não consigo explicar. Eu quero tentar, Victor, quero ver se isso dá certo.
Victor se aproxima de Yasmin novamente e pega nas mãos dela.
   — Se depender de mim vai dar mais do que certo. 
   — Jura que vai tentar se controlar? Jura que não vai me trair?
Victor não consegue dizer nada e Yasmin puxa as mãos com brutalidade.
   — Viu? Você quer ficar comigo pra valer e nem sabe se vai consegue ser fiel. O que foi que eu te disse? Não sei como passou pela minha cabeça que pudesse dar certo! Pessoas como nós não...
Victor a puxa, calando a sua boca com um beijo de tirar o fôlego. Totalmente sem barreiras, Yasmin se deixar levar e retribui o afeto. Victor sussurra nos lábios dela:
   — Eu juro que a partir de hoje eu sou só seu. Nada de outras meninas, só você.
   — Você acha mesmo que pode conseguir? Te conheço muito bem pra saber que você não resiste a uma garota bonita e atirada.
   — Eu sinto que por você eu posso qualquer coisa. Até resistir a um lindo par de pernas torneadas. 
Yasmin sorri e dá um tapa de leve no rosto dele.
   — Você é um vagabundo!
   — E você é a minha dama. 
Yasmin sorri, apaixonada. Victor a beija novamente, depois pega em sua mão.
   — Vem, quero contar para os nossos pais que a gente tá junto.
Ele tenta caminhar para a sala novamente, mas Yasmin o segura firme.
   — Não!
   — Como assim, Yas?
   — Eu prefiro que eles não saibam de nada ainda. Nem eles nem ninguém. É melhor a gente ter certeza de que isso vai pra frente antes de contar para todos. Eu prefiro assim!
   — Você quer que a gente namore escondido?
   — A gente tá namorando? — pergunta Yasmin incrédula. 
   — É uma tentativa — Victor sorri carinhosamente. 
   — Então, eu prefiro que a gente — ela se esforça para dizer — namore as escondidas por enquanto.
   — Tudo bem, mas até quando?
   — Até o final das festas! — responde Yasmin decidida. — Se você se controlar e eu também, nós assumimos o nosso... relacionamento. 
Victor sorri.
   — Ok, minha... futura namorada?
Yasmin coloca as mãos no rosto.
   — Ai, não sei se nasci pra ser namorada de ninguém!
   — Você nasceu pra ser a MINHA namorada. 
Yasmin tira lentamente as mãos dos olhos para encarar Victor.
   — Não acredito que você tá dizendo isso.
   — Nem eu! — Victor ri. 
   — Então, vamos?
   — Vamos, mas como vai ser? Nós vamos fingir que ainda estamos brigados? Acho que não vai dar certo, porque a gente se beijou ontem, vai que algum deles viu.
   — Não, nós vamos fingir que fizemos as pazes. Que agora somos só amigos, mas amigos de verdade, tipo Isabela e Felipe um tempo atrás. 
   — Ok, tipo Isabela e Felipe. Falando nisso, você viu o seu irmão? Hoje a gente tá comemorando o aniversário dele e até agora ele não deu as caras.
   — Eu não sei! No meu quarto só tá o Vinícius dormindo, a Isabela já deve ter acordado.
   — A Isabela? Eu não a vi em canto nenhum.
Yasmin ergue uma mão ao raciocinar. 
   — Peraí! A Isabela e o Felipe estão sumidos? Os dois?
Victor entende o que ela quer dizer e ri.
   — Você acha que...?
Yasmin dá de ombros.
   — Talvez. Agora vamos comer porque eu tô morrendo de fome.
   — Eu não posso matar a sua fome? — diz Victor agarrando a cintura de Yasmin. Ela desvia e se solta rapidamente.
   — Não! A gente tem que manter as aparências, lembra?
Victor suspira de frustração.
   — Ah é, a bendita da aparência. 
Yasmin ri e começa a caminhar para a sala, seguida por Victor.

Felipe coloca Isabela no chão e a posiciona na frente de seu corpo, de costas para ele. Segurando na cintura dela, ele diz:
   — Pode abrir os olhos.
Isabela abre os olhos lentamente e se vê a poucos metros de uma encosta. Logo de cara ela fica com medo, mas relaxa ao ouvir a voz de Felipe em seu ouvido:
   — Eu não vou deixar nada acontecer com você. Confia em mim.
Isabela dá em leve sorriso quando Felipe beija a sua nuca e só então olha o que tem mais adiante. Do outro lado, onde há um morro, o Sol começa a aparecer por de trás das árvores. Isabela fica encantada com a visão e sorri.
   — Uau! — ela diz fascinada. 
   — Gostou? — pergunta Felipe.
   — Muito! Muito! É lindo. 
Ela vira de costas para o nascer do Sol para fitar Felipe.
   — É difícil saber o que é mais bonito, esse paraíso que nós estamos ou você. 
   — Eu não tenho dúvidas ao dizer que você é muito mais linda que essa visão. 
Isabela sorri e ergue um pouco os pés para beijar Felipe. Os dois dão um beijo calmo e muito apaixonado. Felipe encerra dando selinhos em Isabela, que sorri. 
   — Estou tão feliz! Tão feliz — Isabela fecha os olhos e Felipe dá um beijo na ponta do nariz dela.
   — Você é o motivo da minha felicidade. E pensar que eu passei tanto tempo sendo só seu amigo, te vendo como uma versão pequena e fofa da Yasmin, ficando com outras garotas na sua frente e vendo você beijar o Jonas. — Ele se interrompe, com receio da reação de Isabela a menção de Jonas.
Isabela percebe a tensão dele e sorri.
   — Eu não sinto mais a mesma coisa pelo Jonas. É óbvio que ele sempre terá um lugar no meu coração, não dá esquecer do dia para a noite tudo o que a gente viveu. Mas eu consegui superar aquele término horroroso — ela sorri — e por incrível que pareça, eu estou seguindo um conselho que ele me deu naquele dia. Estou me amando mais! Estou gostando de mim mesma. Acho que é graças a isso que eu consigo gostar de você, desse jeito, naturalmente. Sem me sentir perdida longe de você, sem me sentir dependente de você. 
Felipe sorri e segura o rosto de Isabela em suas mãos.
   — Eu fico tão feliz por te ver assim, a cada dia mais forte. 
   — Só falta uma coisa para eu superar totalmente esse passado com o Jonas — afirma Isabela com um olhar duro.
   — Que coisa?
   — Eu preciso falar com ele.
   — O quê? — Felipe solta Isabela. — Isa, você não tem que fazer isso!
   — Eu sei, mas é o que eu preciso. Ele acabou comigo e eu preciso dizer tudo o que está entalado na minha garganta. Estou tentando me firmar mais, pois não sei se tenho coragem de enfrentá-lo ainda. Tenho medo de ficar mal de novo.
   — Eu não vou te deixar ficar daquele jeito novamente.
Isabela sorri e acaricia a rosto de Felipe.
   — Você é tão especial!
   — Sou com você.
   — Verdade — confessa Isabela. — Eu nunca te vi sendo tão fofo com ninguém.
   — Isso é pra você ver a sua importância na minha vida. Ao seu lado eu sinto que não sou aquele mesmo Felipe pegador e encrenqueiro. 
   — Acho bom! Porque pra ficar comigo você vai ter que entrar na linha.
Felipe ri.
   — O que eu não faço por você?
Eles sorriem e se beijam mais uma vez. Isabela volta a olhar para o amanhecer. 
   — Não quero nunca mais ir embora daqui! Pena que hoje tem festa e... Ai meu Deus! — Ela coloca as mãos na boca e olha para ele.
   — O que foi? — pergunta Felipe preocupado. 
   — Hoje a gente está comemorando o seu aniversário. Como eu me esqueci?
   — Na verdade o meu aniversário é só daqui a alguns dias. Hoje é só uma data simbólica para a comemoração. 
   — Mesmo assim! Eu esqueci de te dar os parabéns. 
   — O dia só está começando, como você mesma pode ver se olhar para trás.
Os dois riem.
   — Seu idiota! — Isabela sorri carinhosamente e cruza os braços em torno dos ombros de Felipe. — Parabéns! Eu quero que você aproveite muito o seu dia.
   — Já comecei aproveitando. — Ele sorri e dá um selinho em Isabela. — Isso aqui é o melhor presente que eu poderia pedir.
   — Você é o que eu sempre quis pra mim: carinhoso, companheiro, protetor, fofo. 
   — Você esqueceu do galinha, briguento, mal-humorado...
Isabela o interrompe, colocando um dedo em seus lábios.
   — São esses detalhes que te tornam tão incrível. Eu gosto das suas qualidades e dos seus defeitos, menos do galinha, é claro.
Felipe gargalha. 
   — Não vou ser mais galinha, não com você na minha vida. Digo, você sempre esteve na minha vida, mas agora é diferente.
Isabela sorri e eles voltam a se beijar. 

Vinícius está acordado em sua cama e ouve a porta abrir. Marina entra e caminha até o colchão dele, sem saber que ele já despertou. 
   — Vini!?
Vinícius abre os olhos e sorri para ela. Marina se agacha e senta ao lado dele no colchão.
   — Acordei e não encontrei ninguém no meu quarto e pensei "Será que o Vinícius também tá sozinho?", dai vim ver. — Ela sorri.
   — Estou! 
   — Posso ficar aqui com você? Confesso que ainda estou com sono.
Vinícius abre espaço para Marina deitar e diz:
   — É óbvio que pode.
Marina sorri e deita ao lado dele, puxando o cobertor para se cobrir.
   — É a primeira vez que nós estamos juntos em uma cama. 
Eles riem.
    — Se depender de mim vai ser a primeira de muitas — diz Vinícius.
Marina sorri e apoia a cabeça no peito dele. Vinícius começa a acariciar o cabelo dela e sente os pés dela tocarem nos seus. Os dois adormecem abraçados no colchão dele.

Alguns minutos passam. Yasmin e Victor conversam sentados no sofá da sala enquanto Chay e Mel preparam café da manhã na cozinha.
   — Não sei por que a gente não chamou a Vera para dar uma mãozinha — resmunga Chay arrumando a mesa.
   — Porque nós a chamamos como CONVIDADA, não como governanta — responde Mel com tranquilidade. 
   — Mesmo assim, agora nós vamos ter que fazer tudo?
Mel dá um sorriso esperto.
   — Nós temos seis adolescentes em casa, empregada pra quê? — ela ri.
   — Ah! — Chay sorri também. — Você é muito inteligente. Escravizar os meninos, como eu não pensei nisso?
Chay ri.
   — Escravizar não, mas dar uma mãozinha, com certeza. Pra beijar na boca eles têm disposição, agora para ajudar em casa, não? Tsc, tsc! Isso vai mudar. Não sei se você notou, mas eu reparei.
   — Reparou no quê?
   — No Victor ontem. Ele ficou com várias meninas. Toda vez que eu olhava para ele estava com uma menina diferente. 
   — Acho que é por isso que ele e a Yasmin brigaram, né?
   — Claro que não! A Yasmin é outra, passou o rodo também. Mas não sei o que eles fizeram que já estão de bem novamente, agora mesmo estão conversando lá na sala. 
   — Ah, então está tudo bem — diz Chay. — Eles são jovens, amor. Pra eles é tudo normal.
Mel ri.
   — Pior que é. Pelo menos os meus filhos estão calminhos. O Vinícius está quase namorando com a Marina e a Isabela está tranquila na dela depois do término com o Jonas.
   — Nem toca no nome desse moleque! — pede Chay. — Se ele aparece na minha frente, não sei nem o que posso fazer com ele. 
   — O que importa é que a Isa está bem novamente. — Mel passa a mão pelas costas de Chay e beija o pescoço dele. 
   — Graças ao Felipe que deu um grande apoio!
   — Muito! Ele é um ótimo amigo — concorda Mel.
Chay vira para encará-la.
   — Você já pensou nos dois como namorados?
   — Ah, as vezes, mas acho que eles são só amigos mesmo.
   — Acho bom, porque eu não queria que a Isabela namorasse com o Felipe — opina Chay.
   — Por que não?
   — Todos nós sabemos o quanto o Felipe é galinha. A Isabela já sofreu uma vez e eu não quero que ela sofra de novo.
   — Não, o Felipe nunca faria o que o Jonas fez.
   — Eu sei que não, mas mesmo assim prefiro não arriscar. Está ótimo só a amizade dos dois mesmo!
Rindo e de mãos dadas, Felipe e Isabela passam pela porta da cozinha.
   — Bom dia! — Eles dizem sorridentes.
Chay e Mel respondem e os olhares dos dois caem ao mesmo tempo nas mãos dadas dos adolescentes.
   — Pai, mãe — começa Isabela. — Nós temos uma notícia para dar a vocês.
Mel e Chay se olham, duvidando que o que eles estavam conversando tenha se tornado realidade. 

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